terça-feira, 29 de julho de 2014

'Financial Times': Corrida presidencial é marcada por denúncias de corrupção

Uma matéria do Financial Times desta terça-feira (29) disse que qualquer brasileiro que espere uma mudança oriunda das manifestações de junho de 2013 irá se decepcionar. O jornal avaliou as denúncias de corrupção que estariam pontuando a corrida presidencial, principalmente envolvendo Aécio Neves e Dilma Rousseff.

O Financial Times avaliou as denúncias de corrupção envolvendo Aécio Neves, principal candidato da oposição nas eleições presidenciais de outubro, com mais um aeroporto. De acordo com o jornal, a pista teria sido construída na propriedade de um tio-avô de Aécio, adquirida com dinheiro público, quando o candidato à presidência era governador do estado de Minas Gerais, como a Folha de São Paulo teria informado.

A matéria pontua que a ascensão de uma nova classe média e os recentes protestos iniciados em 2013 estariam aumentando o desejo brasileiro por um governo mais limpos e com melhores serviços sociais. O jornal diz que analistas teriam avaliado que um político carismático poderia ter sido beneficiado por essa demanda, mas que a campanha presidencial tem sido marcada apenas por velhas rivalidades, táticas de intimidação e acusações de corrupção – que não poupam nem a favorita ao cargo, a atual presidente Dilma Rousseff.

A liderança esmagadora de Dilma teria sido prejudicada por conta de um enfraquecimento da economia e devido a acusações de corrupção envolvendo a estatal Petrobras, segundo o jornal norte-americano. Apesar disso, o Financial Times diz que Aécio Neves deve sofrer mais por conta de denúncias do que Dilma: a atual presidente é conhecida por basicamente todo o eleitorado, enquanto Aécio é relativamente desconhecido para o eleitorado a nível nacional.

As pesquisas de opinião recentes mostrariam também uma difícil luta para Dilma Rousseff, como o jornal lembra. A última pesquisa Datafolha teria traçado quadros hipotéticos de segundo turno, onde Dilma estaria somente quatro pontos percentuais a frente de Aécio Neves – apesar de outra pesquisa, do Ibope, ter indicado oito pontos de vantagem.

Independente disso, o Financial Times conta que ambas pesquisas revelam a mudança brusca sofrida desde março de 2013 – quando Dilma ainda seria uma das presidentes mais populares do mundo, com classificação geral de aprovação atingindo 79%. Na mais recente pesquisa Ibope, sua aprovação caiu para 38%, de acordo com o jornal. Aécio Neves, por sua vez, alcançou 22% de aprovação.

Um relatório do banco Santander teria dito que ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas, mas, de acordo com o Financial Times, a única certeza é que, com a distância entre candidatos cada vez mais acirrada, aumente o nível do sensacionalismo na campanha pela presidência. (Jornal do Brasil)

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