quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Leonardo Boff e Frei Betto entregam carta à Dilma Rousseff
Na avaliação deles, após a vitória de Dilma
na eleição, na qual havia um risco de que o projeto popular do PT não
continuasse à frente do país, é necessário maior diálogo com a sociedade.
Após
o encontro, Leonardo Boff afirmou que a própria presidente reconheceu a falta
de contato com as bases. “[Dilma] se ocupava muito com a administração dos
grandes projetos. Ela disse que a partir de agora será um ponto alto do seu
governo um diálogo permanente, orgânico, contínuo, com os movimentos sociais, e
com a sociedade em geral”, afirmou.
O
documento, intitulado “O Brasil que Queremos”, contém reivindicações que passam
por temas políticos, econômicos, sociais e ambientais. Segundo o intelectual,
Dilma tomou nota das sugestões levantadas na conversa e disse que quer discutir
com mais detalhes questões como a centralidade da ecologia. De acordo com
Leonardo Boff, a presidenta disse: "Eu prefiro escutar críticas, do que
apenas escutar as coisas boas que eu faço. Porque aí eu aprendo”.
Segundo
Boff, a presidenta quer se encontrar mais sistematicamente com o grupo, e
pretende também receber lideranças de movimentos sociais na próxima semana. Ela
se comprometeu a “estudar o documento”, já que nem todos os pontos foram
discutidos detalhadamente durante a reunião, que contou com a presença do
ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Solicita também a restrição de transgênicos e agrotóxicos,
democratização dos meios de comunicação, universalização dos direitos humanos,
instituição de nova política de segurança pública, valorização dos
trabalhadores, o controle social da gestão pública e a ética na política, além
das reformas política, urbana, agrária e tributária. (Jornal do Brasil)
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