Médicos: Carência, não! Má
distribuição por falta de estrutura
Já que anteontem (18) comemoramos o Dia
do Médico, achei conveniente, inclusive
para embasar seu questionamento, republicar matéria aqui já divulgada em
março deste ano. Eis, portanto dados do estudo Demografia Médica Brasil
2015, extraído do site do Conselho Federal de Medicina. Veja bem: “O Brasil conta com 432.870
registros de médicos, o que corresponde à razão nacional de 2,11 médicos por
grupo de 1.000 habitantes. A taxa brasileira fica próxima da dos
Estados Unidos (2,5), do Canadá (2,4) e do Japão (2,2) e é maior do que a do
Chile (1,6), China (1,5) e Índia (0,7). Os países com o maior número de médicos
por habitantes são Grécia (6,1), Rússia (5,0), Áustria (4,8) e Itália (4,1).
Meta do governo
Com a abertura de novas escolas, é alcançar a taxa de
2,6 médicos por 1.000 habitantes. Desde 2010 até novembro de 2015 foram abertas
71 novas escolas, o que fará aumentar a cada ano o número de concluintes dos
cursos de medicina.
Tendência
Segundo o levantamento, a população de médicos
continuará crescendo mais que a população em geral do Brasil. Entre
1940 a 1970, a população cresceu 129,18% e o número de médicos, 184,38%. De
1970 a 2000, o total de médicos saltou 394,84% e a população, 79,44%. De 2000 a
2010, o efetivo médico subiu 24,95% contra um aumento populacional de 12,48%. Em
2014, enquanto a taxa de crescimento dos médicos foi de 14,9%, a da população
foi de 5,4%.
Desigualdades
Apesar dos significativos números absolutos ainda há
um cenário de desigualdade na distribuição, fixação e acesso aos profissionais.
As distorções acontecem sob diferentes ângulos. A maioria deles permanece
concentrada nas regiões Sul e Sudeste, nas capitais e nos grandes
municípios. Nas 39 cidades com mais de 500 mil habitantes, que juntas
concentram 30% da população brasileira, estão 60% dos médicos do País.
Até 50 mil
Já nos 4.932 municípios com até 50 mil habitantes,
onde moram 65,5 milhões de pessoas, estão pouco mais de 7,4% dos profissionais
da área, ou seja, em torno de 31 mil médicos. Estas são algumas das conclusões
do estudo Demografia Médica no Brasil 2015, realizado pela
Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) com apoio do Conselho Federal de Medicina
(CFM) e Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que foi
lançado nesta segunda-feira (30), na capital paulista.
Capital e interior
O estudo também incluiu a comparação entre
capitais e interior. Apesar de responderem por 23,8% da população do país,
as capitais brasileiras reúnem 55,24% dos registros de médicos. Por outro lado,
moram no interior 76,2% da população e 44,76% dos médicos. O trabalho
mostra ainda que as capitais têm a média de 4,84 médicos por mil habitantes,
enquanto no interior essa proporção é de 1,23.
Diferenças regionais
Enquanto no Norte moram 8,4% da população brasileira,
nela trabalham 4,4% dos médicos do país. O Nordeste abriga 27,8% dos
brasileiros e 17,4% dos médicos. Já o Sudeste responde por 42% da população e
por 55,4% dos médicos. As regiões mais proporcionais são o Sul e o
Centro-Oeste, que abrigam, respectivamente, 14,3% e 7,5% da população e têm
15%% e 7,9 dos médicos do país.
N e NE
A desigualdade na distribuição da população médica
aparece também nas variáveis regionais. O Norte e o Nordeste apresentam uma
razão de médicos/habitantes menor do que a média nacional (1,09 e 1,3,
respectivamente). A situação é pior nos interiores do Norte e do Nordeste, onde
a proporção de médicos por mil habitantes é, na sequência, de 0,42 e 0,46.
No Centro-Oeste, a proporção é de 2,20; no Sul, de
2,18 e no Sudeste, 2,75. Entre as unidades da federação, o Distrito Federal é o
que apresenta o maior número de médicos por habitantes: 4,28; seguido do Rio de
Janeiro (3,75), São Paulo (2,7) e Espírito Santo (2,7). A menor relação é
encontrada no Maranhão (0,79), tem logo atrás o Pará (0,91), o Amapá (1,01) e o
Acre (1,13).
Saindo de casa
Quando à solução para a má distribuição,
creio que inicialmente a receita deveria sair de casa, como o futuro doutor
também. Quem recebe sólida educação cristã automaticamente se torna consciente
de que é dever prioritário de toda pessoa fazer o bem em qualquer lugar,
independentemente da profissão que exerça.
Profissão esperança
Se formado em Medicina, deverá aprender
que jamais poderá discriminar o irmão que sofre (doente), que nesse
profissional põe a esperança da sua cura. Dessa forma, torna-se merecedor de
recitar bem alto o Juramento do Pai da Medicina. Fora de casa, as universidades
bem que poderiam colaborar na implantação dessa filosofia.
INSS
Inicialmente, a agência do Instituto Nacional de Seguridade Social de
Sobral seria instalada nas proximidades do Mercado Público, no cruzamento das
ruas Cel. Diogo Gomes com Frederico Gomes.
Responda, se souber
E para que serviu o prédio que foi iniciado neste local? Resposta na
Coluna de amanhã.
É mesmo, né?
“O fraco
jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte”. (Mahatma Gandhi)
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