sexta-feira, 24 de novembro de 2017

COLUNA WILSON BELCHIOR: Jamais seremos os mesmos

Uma das mais curiosas sensações que o ser humano experimenta é recordar. É um ato que nos leva à saudade, uma tristeza misturada de prazer.

No entanto, o que sentimos é fruto das novas emoções, pois sentimos o passado com o sistema emocional de hoje, e esse altera-se na natural evolução.

Na verdade, os fatos passados ocorreram em estados emocionais diversos dos de hoje. E, ao rememorá-los, as novas emoções nos faz senti-los deformados do que foram, pois os sentimos como se fosse presente.

Nossa vida se manifesta e a incerteza nos obriga a evoluir. E essa evolução nos torna diferentes do que fomos, mesmo no instante anterior, melhores ou piores, dependendo de como evoluirmos, porém, jamais seremos os mesmos.

Quando olhamos para o céu, o que vemos é o passado do firmamento, a lua, o sol, as estrelas, as nebulosas, as galáctias e outros formações celestes, também evoluíram.

Pode até ser que algumas delas, distantes de nós e que ainda as vemos, nem existam mais. Em suas evoluções, foram sugadas por imensos black-holes existentes no Universo e o que vemos dela é a luz há muito tempo emitida.






(*) Wilson Belchior é engenheiro civil, articulista, poeta e memorialista.  

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