Direito à Verdade
Em 21 de dezembro de 2010, através de uma Resolução a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia
Internacional para o Direito à Verdade em relação às graves violações dos
direitos humanos e à dignidade das vítimas. É comemorado anualmente no dia 24
de março; coincidentemente, neste sábado.
A comemoração tem como objetivo lembrar
a data da morte de Monsenhor Óscar Arnulfo Romero Galdámez (1917-1980),
arcebispo católico salvadorenho. Mons. Romero (foto), como ficou conhecido
mundialmente, era intransigente ativista da justiça social, defensor dos pobres
e exigia incansavelmente o fim da repressão no país.
Foi assassinado em 24 de
março de 1980 com um tiro disparado por um integrante da extrema-direita, quando
celebrava uma missa na capela do Hospital da Divina Providência no Miramonte de
San Salvador. Mons. Romero foi chamado de "a voz dos sem voz"
e sua morte arrefeceu ainda mais uma guerra
civil de 12 anos que deixou 75.000 salvadorenhos mortos. A data também coincide
com a do Golpe Militar de 24 de março de 1976 naquele país.
A criação do Dia Direito à Verdade (...) visa enaltecer a
memória das vítimas de violações dos direitos humanos, tenta lembrar a necessidade
da busca do direito à verdade e à justiça e também objetiva homenagear todos
que dedicaram e dedicam suas vidas à luta contras as injustiças. Por outro
lado, observa-se crescer, mesmo que de forma camuflada, a união dos que defendem
a imperiosidade de que a verdade dos fatos deve permanecer desconhecida do
grande público. Tal artimanha se constitui no principal combustível da manutenção
de ditaduras ou grupos que dominam e manipulam alguns povos, mantendo-se
indefinidamente no poder.
Com isso, os esforços dos que lutam pelo direto à verdade em
relação às graves violações de direitos humanos continua sendo sonho. Algo que
tem custado muito caro para aqueles que almejam torná-lo realidade. E um dos
empecilhos para que isso ocorra advém de estratégias maldosas dos dominantes
(governos, líderes, etc.). Oferecem migalhas de atenção e de esforços na busca
da solução de fatos isolados de perdas de direitos. Sedento de justiça e
ignorante, em sua grande maioria, o povo acredita. Mas só que continua sem
direito à verdade integral dos fatos e governos ditatoriais continuam seus
massacres.
No combate a esse mal, só vislumbro uma saída eficaz: já que o
povo continua sem direito à verdade, que a busque de todas as maneiras. Pode
ser através da pesquisa, da investigação, enfim do conhecimento, e a divulgue
para o maior número possível de pessoas, dando ênfase especial para as integrantes
das classes menos esclarecidas e mais relegadas. E não me refiro somente ao
Direito à Verdade em relação às graves violações dos direitos humanos e à
dignidade das vítimas. Refiro, sobretudo, aos reais motivos pelos quais esse
direito (à verdade) está sendo vedado.
Consegue-se isso através da inteiração e do acompanhamento de tudo
o que vem ocorrendo e que tem reflexos em nossas vidas; através do conhecimento
do que se passa de real no País; tentando se descobrir as intenções de como é
feito e do que vem sendo feito por debaixo dos panos e que está sendo
compartilhado por restrita quantidade de pessoas.
Portanto, quem busca
livrar-se de certos grilhões e deseja a verdade, não perca tempo: busque-a por
si próprio. Geraldo Vandré canta: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...”. E o Divino Mestre Jesus ensina: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!”
(Jo 8,32). Corramos, então, atrás dela!
Até amanhã, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950.
Notícias, reportagens, curiosidades e música de qualidade. Destaque: Entrevista
com ZULEIKA VIANA, que falará sobre cultura, sobralidade, rádio, teatro e
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