"Poetas, declamadores,
editores, ilustradores, desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores, e
folheteiros, como são conhecidos os vendedores de livros, já podem comemorar,
pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial
Brasileiro", anuncia o Iphan.
A reunião contou com a presença
do Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, da presidente do Iphan, Kátia Bogéa e
do presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo
Ferreira.
O gênero literário é ofício e
meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros. Segundo o instituto,
apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o
cordel hoje é disseminado por todo o Brasil, principalmente por causa
do processo de migração de populações.
História
- O cordel foi inserido na cultura brasileira ao final do século 19. O gênero
resultou da conexão entre as tradições orais e escritas presentes na formação
social brasileira e carrega vínculos com as culturas africana, indígena e
europeia e árabe. Tem ligação com as narrativas orais, como contos e histórias;
à poesia cantada e declamada; e à adaptação para a poesia dos romances em prosa
trazidos pelos colonizadores portugueses.
Originalmente, a expressão
literatura de cordel não se refere em um sentido estrito a um gênero
literário específico, mas ao modo como os livros eram expostos ao público, pendurados
em barbantes, em uma espécie de varal.
De acordo com o Iphan, os poetas
brasileiros no século 19 conectaram todas essas influências e difundiram um modo
particular de fazer poesia que se transformou numa das formas de expressão mais
importantes do Brasil. (Ag. Brasil)
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