
As negociações com o Ministério da Educação (MEC) não tiveram
solução e a greve foi a saída para pressionar o governo a ampliar os
investimentos na educação. A diretoria do sindicato reuniu-se com
representantes do MEC na última sexta-feira (22), mas não houve acordos entre
as partes.
“A reunião foi muito ruim, porque o acordo de organização de
carreira que tínhamos firmado com o então secretário de Ensino Superior [Paulo
Speller] foi suspensa com a justificativa de falta de autonomia para firmar tal
acordo”, disse o presidente. “Eles [representantes do MEC] disseram que não há
nada para negociar conosco.”
A pauta do setor das instituições federais de ensino superior está
dividida em cinco eixos: a defesa do caráter público da educação, as condições
de trabalho, a garantia de autonomia, a reestruturação da carreira e a
valorização salarial dos professores ativos e aposentados. Rizzo disse que as
negociações do momento referem-se ao que vai entrar no Projeto de Lei
Orçamentária de 2016, com previsão de fechamento no mês de agosto.
Com o anúncio do corte de R$ 9,43 bilhões no Orçamento do
ministério em 2015, o presidente do sindicato acredita que as atividades
acadêmicas podem ser comprometidas. “Há prédios que não foram construídos,
laboratórios que não estão prontos e que se forem suspensos os concursos
públicos, vai faltar professor para as universidades”. Com o Programa de Apoio
a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que
busca ampliar o acesso e a permanência na educação superior, os investimentos
aumentaram e, com ele, a demanda por professores em todas as universidades.
De acordo com Rizzo, a greve começa no dia 28 para os locais que
aprovaram a paralisação e no decorrer da semana ocorrerão as adesões das outras
instituições de ensino. “Há muitas universidades que esperam as maiores
entrarem primeiro em greve para então aderir.” (Ag. Brasil)
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