Com o objetivo de aumentar em 15% o volume de leite materno
coletado em todo o país e também ampliar o número de doadoras, o Ministério da
Saúde lançou na sexta-feira (17) uma campanha anual realizada em parceria com a
Rede Global de Bancos de Leite Humano (RBLH) – representada no Brasil pela
Fiocruz.
De acordo com o
ministério, todos os anos, cerca de 330 mil crianças nascem prematuras ou
abaixo do peso normal (com menos de 2,5 kg) no país. A campanha visa a atrair
mais gestantes e mulheres que amamentam a doarem leite ao longo do ano.
A Organização
Mundial da Saúde recomenda que os bebês sejam alimentados apenas com leite
materno até os seis meses de vida.
Doações em números - Porém, a quantidade de
leite materno coletado no Brasil supre somente 55% da demanda real. A
quantidade coletada diminui, especialmente, em feriados prolongados e durante o
período escolar.
Segundo a RBLH,
entre os anos de 2008 e 2018, cerca de 2 milhões de recém-nascidos foram
beneficiados com 2 milhões de litros de leite humano de 1,8 milhão de mulheres.
O Brasil tem 225 bancos de leite humano.
As campanhas têm
tido efeito nos últimos dez anos, segundo o ministério. De 2008 a 2018, foram
coletados 215 mil litros de leite humano, um aumento de 30% no período. No ano
passado, mais de 185 mil crianças receberam leite doado por quase 183 mil
mulheres e o número de doadoras cresceu 45%.
Cinco pontos destacados pela campanha - Um dos objetivos da
campanha é desmistificar que é preciso "ter muito leite" para ser
doadora, pois qualquer quantidade de leite pode ser doada. Os pontos destacados
são:
- Toda mulher que amamenta é
uma possível doadora;
- 300ml de leite podem ajudar até 10 recém-nascidos por dia;
- Bancos de leite recebem doações mesmo de pequenas quantidades;
- A amamentação ajuda a reduzir a mortalidade infantil;
- A amamentação traz vários benefícios à saúde da mulher, como a
redução das chances de desenvolver câncer de mama, útero e ovário.
Ministro lança campanha - O ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, fez o lançamento da campanha no Rio de Janeiro.
“O leite materno é
insubstituível e é com ele que vamos ganhar a batalha da vida contra a morte.
Nosso desafio é fazer da doação um ato de amor, de entendimento ao próximo”,
declarou o ministro, segundo nota oficial.
“A criança
internada na UTI neonatal com acesso ao leite materno tem uma reabilitação mais
rápida”, disse Mandetta.
(Fonte:
G1)
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