Engana-se...
Quem acredita que a realização do Carnabral é uma rentável fonte de entrada de recursos para Sobral. Que gera muitos empregos. Que é uma oportunidade sazonal de ganho para pequenos comerciantes. Que eleva sobremodo o nome da cidade. E que tudo transcorre, do início ao fim, na maior tranqüilidade. Ledo engano.
Só não é enganado quem consegue sentir o aumento exagerado do consumo de álcool, drogas, da liberdade sexual e da violência na cidade, não obstante o tremendo esforço dos promoventes e do poder público. Só não é enganado quem consegue reconhecer que o nome Sobral é mais divulgado, mas como cidade onde quase tudo se pode (e se faz) sem ser incomodado no Carnabral.
Só não se deixa enganar quem toma conhecimento do reduzido número de empregos ofertados e do insignificante salário pago aos que trabalham sem segurança e sem garantia legal. Só não se deixa enganar quem toma conhecimento da diferença entre o volume de recursos arrastados pelos promoventes do evento e o que fica no município.
Também se engana quem pensa que qualquer evento festivo (Carnabral, Carnaval, São João...) em si é maléfico. Pelo contrário, tudo que anima, alegra é benéfico, desde que seja legal e feito de forma responsável e ordeira e visando ao bem de quem promove e de quem é beneficiado. Infelizmente ocorre que, em ambas as situações, muitos só querem tirar proveito, satisfação pessoal, nem que para isso o restante se arrebente. E é exatamente em não saber discernir entre esses dois conceitos que está o perigo.
Que você (folião ou não) não entre para o rol dos que hoje remoem arrependimentos e amargam prejuízos oriundos de atos irresponsáveis praticados por si próprios ou por terceiros num desses Carnabrais passados. Mas que entre para o bloco dos que ainda sabem brincar com responsabilidade e equilíbrio a fim de que, passada a folia, retorne renovado e feliz para a luta do dia-a-dia. Feliz Carnabral!
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Certeza absoluta
Se quiser brincar esses três dias (11, 12 e 13 de novembro), com a certeza de que será tomado por uma alegria sem fim, participe do Rejubilar no Arco Nossa Senhora de Fátima. Não há contra-indicações, nem efeitos colaterais.
Luxo X bucho
Triste com a decisão, um comerciante me confidenciou que continuava atualíssima a sentença “Viva o luxo! Morra o bucho!”. Concordo plenamente e acrescento o que Denis Diderot, filósofo e escritor francês, já dizia no século XVIII: “O luxo arruína os ricos e aumenta a miséria dos pobres”. E esse tipo de má dama rica pobre tem às rumas por aqui.
Seribolo danado
A exposição do trenzinho (metrô) próximo à igreja Coração de Jesus continua inflando o ego do prefeito, talvez o fazendo esquecer da realidade. Passa da hora de iniciar campanhas educativas junto à população que hoje dribla os perigos do complicado trânsito de Sobral. Imagine o seribolo danado que será criado por milhares de carros, motos, bicletas, carroças, pedestres desatentos e mais um trem.
Querer é poder
As leis estão aí só aguardando quem as cumpra, alguém de bom senso e boa vontade, a exemplo do Dr. João Alberto Adeodato Jr. O Presidente da Câmara Municipal de Sobral deu provas de que com criatividade e pequenos gastos a solução aparece, os reclamos são atendidos e a lei passa a ser cumprida, como no caso do aceso ao Cemitério São José.
É simples
Um costume secular comprova a mais eloquente falta de inteligência da maioria dos administradores brasileiros. Preferem primeiro atacar os problemas de solução complicada e demorada aos de solução simples e rápida. De parabéns o administrador que mantém um funcionário, ou grupo, destinado unicamente a resolver imediatamente os pequenos problemas, como um cano estourado, buraco na rua, lixo acumulado, lâmpada queimada, etc. Resolvendo o simples, o complicado fica mais fácil.
Contrassenso
Eliminação de barreiras arquitetônicas continuará na pauta dessa coluna, haja vista Sobral ainda engatinha no quesito acessibilidade. Sendo assim, reluto em acreditar que estão tentando vetar a facilitação de acessos em prédios históricos, como igreja Menino Deus, Museu Dom José, dentre outros, na alegativa de que sua estrutura não pode ser alterada.
Tombos e tombos
Causa espanto o desconhecimento desses “guardiões do patrimônio” a respeito dos recursos hoje oferecidos pela arquitetura, pela engenharia e pela moderna tecnologia. Provavelmente acham que a lei que tombou esses imóveis pode ficar acima da (lei) que protege as pessoas de tombos. Se eles acham, merecem ser tombados como monumentos à ignorância.
Pérolas do Rádio
Raivoso, bradou o radialista: “Todo político tenta se LOCOMPLETAR metendo a mão no ERÁRIO PÚBLICO”. Mas errou feio o colega. Primeiramente por generalizar, pois ainda há políticos honestos e sérios. Depois, a grafia (e a pronúncia) é LOCUPLETAR (Tornar-se rico, cumular). E para evitar redundância basta ERÁRIO. Ele poderia dizer acertadamente: “Muitos políticos querem se locupletar metendo a mão no erário”.
Domingo na Educadora (www.educadora950.com)

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