A população de Sobral permanece altamente apreensiva
com a suspensão das atividades do grande número de policiais desde
quinta-feira, 30. A decisão dos militares foi adotada no intuito de também aderirem
à paralização da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, iniciada em Fortaleza
e já acompanhada por várias cidades do interior. Há muito tempo os sobralenses
sentem-se com a violência no município e exigindo providências contra a onda de
assaltos e crimes. As festas de final de natal e fim de ano também aumentaram a
apreensão, não obstante os esforços e da dedicação do Ten. Cel. Gilvandro
Oliveira, comandante do 3º BPM com sede em Sobral.
Muitos militares, seus familiares e simpatizantes da
causa estão concentrados na porta do Batalhão desde quinta-feira, 29, inclusive
impedindo a entrada ou saída de qualquer pessoa do prédio. Mais de uma dezena de
viaturas do Ronda do Quarteirão tiveram seus pneus furados, além da captura de outros
veículos pelos manifestantes. Apesar disso, Cel. Gilvandro tem feito o que pode com a ajuda dos policias que não
aderiram ao movimento e está recebendo reforço da capital. (Foto do Blog Bené Fernandes)
O prefeito sobralense Clodoveu Arruda esteve na
sexta-feira, 30, tentando negociar pelo menos a reabertura dos portões da Velha
Cadeia (Batalhão) com os militares em nome do governador Cid Gomes, mas não logrou
bom êxito. Os policiais, por sua vez, alegam que o governo tem-se negado durante
cinco anos a manter diálogo e oferecer proposta condizente com os anseios dos que
fazem a segurança no Estado. Segundo matéria publicada neste sábado do jornal O
Povo, militares e governo estadual ainda não chegaram a um acordo. Acompanhe a
reportagem.
“Terminou
sem acordo a reunião de policiais militares e bombeiros do Ceará com o Governo
do Estado, na sede da Procuradoria Geral da Justiça (PGJ) do Estado. O encontro
aconteceu na tarde desta sexta-feira, 30. Após cerca de duas horas e meia de
reunião, policiais militares, bombeiros e o Governo decidiram formular um Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC), que trataria a possibilidade de conceder
anistia aos policiais envolvidos nas paralisações.
Depois da formulação do TAC, a categoria levou o documento para
ser discutido pelos policiais para, só então, decidirem o rumo da greve. No
entanto, não houve acordo entre as partes. A reunião será retomada neste
sábado, 31, pela manhã. Além do comando da greve, participaram do encontro a
procuradora Geral de Justiça, Socorro França; o procurador-geral do Estado,
Fernando Oliveira; o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Ceará,
coronel Werisleik Ponte Matias, e o corregedor-geral de Disciplina da
Secretaria da Segurança do Estado (SSPDS), Sevilho Paiva.
Entenda a notícia - Os
policiais e bombeiros se reuniram na tarde de quinta-feira, 29, e, após tensa
discussão, os profissionais resolveram cruzar os braços durante a festa de
Réveillon em Fortaleza. A decisão foi tomada por unanimidade de votos. Após a
assembleia, a categoria se dirigiu ao Ginásio Poliesportivo da Parangaba, onde
todo o efetivo permaneceu até a tarde desta sexta-feira, 30, quando a categoria
foi convocada para uma possível negociação com o Governo do Estado.
A
categoria havia
garantido que se
o Governo não tivesse
oferecido uma
proposta aos profissionais até este sábado, 31, não haveria efetivo de policiais militares e
bombeiros durante a festa organizada pela Prefeitura Municipal na Praia de
Iracema e demais pólos da Capital. Entre as reivindicações da categoria, estão
a campanha por reajuste salarial, aumento do efetivo, além da anistia dos
militares que estão respondendo a processos”.
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