Alvos de denúncias de corrupção, abandono de cargo e
outras irregularidades, 564 servidores federais foram expulsos da administração
pública no ano passado. Na média, pelo menos um servidor por dia foi demitido,
afastado de cargo em comissão ou teve cassado o direito à aposentadoria.
A
principal razão para afastar os servidores foi uso do cargo para a obtenção de
alguma vantagem pessoal. Conforme dados reunidos pela Controladoria-Geral da
União (CGU), 308 servidores foram expulsos por essa razão. Outros 200 foram
afastados pela prática de improbidade administrativa. E 40 servidores foram
flagrados pedindo propina e acabaram expulsos da administração pública.
Em termos absolutos, o Ministério
da Previdência Social concentrou a maior quantidade de casos de irregularidades
- 138 servidores foram expulsos durante o ano passado. Em seguida nesse ranking
está o Ministério da Justiça - 133 servidores afastados. O Rio de Janeiro foi o
Estado com a maior quantidade de servidores demitidos ou afastados de cargos em
comissão: 120.
Nos últimos oito anos, 3.013
servidores federais foram demitidos, outros 304 foram
afastados dos cargos de
confiança que ocupavam e 216 pessoas tiveram a aposentadoria cassada. No total,
de 2003 a 2011, 3.533 servidores foram expulsos da administração.
Desse total, mais da metade dos
servidores foram punidos por prática de corrupção. Pelos dados da CGU, 1.887
servidores foram punidos porque estavam se valendo do cargo para obter
vantagens indevidas. Por improbidade administrativa, 1.133 servidores foram
afastados. E 325 servidores foram expulsos por terem recebido propina.
Além desses motivos, quase 800
servidores foram demitidos simplesmente por não trabalhar: 511 foram expulsos
por abandono do cargo e 288 foram punidos por desídia. E na maior parte de
todos os casos processados durante os últimos oito anos, os servidores cometiam
mais de uma irregularidade passível de expulsão dos quadros públicos.
Todos esses servidores responderam
a processos administrativos disciplinares e tiveram chance de se defender e de
contestar as acusações. Com base nos dados divulgados pela CGU não é possível
saber se há servidores demitidos por envolvimento em grandes esquemas de
corrupção descobertos pela Polícia Federal. Também não é possível por meio
desses dados saber quanto tempo levou a administração pública a demitir esses
servidores. (Fonte: Estadão)
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