É
bom que as pessoas preconceituosas ou de língua solta demais meçam bem as palavras
quando forem se dirigir a alguém da raça negra. Principalmente, pelo
dever de zelar pelo respeito a todos, independentemente de raça, cor e credo
religioso. Em segundo lugar, para não passar pelo constrangimento de ter de se
explicar na justiça e ainda ter de pagar indenização. E foi isso o que
aconteceu ao jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record, ao fazer
trocadilho com a cor do seu colega de profissão Heraldo Pereira, da Globo.
O Tribunal
de Justiça de Brasília (DF) julgou a frase “Negro de alma branca” como uma manifestação
de racismo, já que Heraldo é negro. O valor arbitrado por danos morais foi de R$
30 mil e será destinado a uma instituição de caridade escolhida por Heraldo
Pereira. O processo já tramitava desde março de 2010 e as partes entraram em
acordo em 15 de fevereiro.
Além disso, Paulo Henrique Amorim
deverá se retratar nos jornais Correio Braziliense e Folha de S.Paulo, nos
cadernos de política, economia ou variedades. Deverá mencionar que ele
"reconhece Heraldo Pereira como jornalista de mérito e ético; que Heraldo
Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que apesar de convidado pelo
Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou participar do Conselho
Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo Pereira não é e nunca
foi submisso a quaisquer autoridades; que o jornalista Heraldo Pereira não faz
bico na Globo, mas é empregado de destaque da Rede Globo; que a expressão
'negro de alma branca' foi dita num momento de infelicidade, do qual se
retrata, e não quis ofender a moral do jornalista Heraldo Pereira ou atingir a
conotação de 'racismo'", de acordo com decisão do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal.
Isso atesta que vale a pena buscar nossos direitos. Não desista nunca!
Isso atesta que vale a pena buscar nossos direitos. Não desista nunca!
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