segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Coluna De Olho na Língua

Professor Antonio da Costa é graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). É, também, servidor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sobral. Escreve esta Coluna toda terça-feira.


SUBSISTÊNCIA OU SUBZISTÊNCIA?
A primeira. Subsistência (ci) é uma das palavras cuja pronúncia a maioria das pessoas tem dúvida. O “s” de subsistência tem som sibilante (ci), assim como em subsídio. Não devemos pronunciar subsistência (zi), nem sub-existência como a maioria das pessoas o faz.

SUBSÍDIO (SI) OU SUBSÍDIO (ZI)
A primeira. Subsídio (sub’sídio), significa auxílio, benefício que se dá a qualquer empresa. Também significa: quantia que um estado arbitra para obras de interesse público. No Brasil significa, ainda, vencimentos de senadores, deputados, governadores, prefeitos e vereadores. Evite pronunciar sub’zídiu, que é como algumas pessoas andam a pronunciar, sem ter conhecimento da verdadeira pronúncia. Observe que não pronunciamos: Subzólo, subzerviente, subzalário, subzônio, subzecuente, subzecretaria. Por que então pronunciarmos subzídio?

O caso de obséquio é diferente, uma vez que já nos veio diretamente do latim, tendo o “s” valor de “z”. Note que pronunciamos obseqüente, observação, obsessão, obsoleto, etc. Já têm o “s “ com o som de “sê”.

DUAS METADES IGUAIS, DUAS METADES OU METADES?
Ao usarmos a palavra “metade”, não há necessidade alguma de dizermos “duas” (porque metades sempre são duas), nem “iguais” (porque, sendo metades são necessariamente iguais). Diga-se, portanto: “Dividiram a casa em metades” ou “Dividiram a casa em duas partes iguais”.

QUANDO EU CHEGUEI, CARLA ESTAVA NO FIM DA FILA
Diga-se com propriedade: Quando cheguei, Carla estava no final da fila. “Fim da fila” significa que a fila acabou. Já não existe. “Final da fila’ refere-se à última pessoa na fila, podendo aparecer outras.

O ESQUEMA TÁTICO ESTAVA PREVIAMENTE PREPARADO
Diga: O esquema tático estava preparado. Lembre-se de que a própria palavra “preparado” já indica a antecipação do fato.

O MENINO VIVE ATAZANANDO A MÃE
Na linguagem coloquial, é muito comum essa frase dita por populares. Em linguagem coloquial, popular, informal, ela é aceitável, mas quando tratamos de linguagem formal, isto é, mais cuidada, mais castiça, devemos dizer: “O menino vive atezanando a mãe”. Explica-se: Atezanar significa pegar, apertar com tenaz (que é um tipo de alicate), em sentido figurado quer dizer afligir, mortificar, amolar. Atenazar e atazanar são variantes.

AO MEU VER
Diga-se: A meu ver. Não existe artigo nessas expressões. Exs.: A meu ver; a seu ver; a nosso ver.

JÁ “FOI COMUNICADO” DA DECISÃO
Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. Assim: Já foi informado (avisado, cientificado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os empregados da decisão. Opções corretas: “A diretoria comunicou a decisão aos empregados”; “A decisão foi comunicada aos empregados”.

CRIAR NOVOS
Redundância evidente. Criar já encerra a idéia de novo. Portanto, escreva: “Criar mil empregos por dia” e não: “Criar mil novos empregos por dias”. “Criar opções” e não: “Criar novas opções”.

PARA REFLETIR
Quem escreve, lê três vezes. Uma quando lê o original, outra quando o copia e outra quando o confere”.

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