
O Ministério da Saúde informou à Agência Brasil que já fez uma consulta pública e irá
incluir, em menos de um mês, o processo de incorporação do Alteplase para
tratamento de AVC. Segundo o órgão, o medicamento começou a ser usado pelo
sistema público no ano passado para casos de infarto agudo do miocárdio.
Na ação que originou a decisão, o Ministério Público Federal (MPF)
disse que vem solicitando desde 2009 explicações do ministério sobre porque o
não é fornecido pela rede pública. Em casos de AVC isquêmico, quando uma
obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro, o Alteplase
dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue.
O Secretário Nacional de Atenção a Saúde, Helvécio Magalhães,
ressaltou, no entanto, que é necessário um estudo cuidadoso antes de incluir
novos itens na lista de medicamentos do SUS. “Incorporação tecnológica tem
padrões para ser realizada, não pode ser pela pressão do laboratório, da
indústria ou outros interesses. Às vezes um laboratório entra com uma ação
através de um paciente para forçar a incorporação no SUS”.
Segundo Magalhães, com base nas internações do ano passado, a
inclusão do Alteplase entre os medicamentos disponibilizados pela rede pública
poderá atender cerca de 170 mil pessoas. O secretário destacou ainda que o
Ministério da Saúde estima aumentar em R$ 500 milhões até 2014 os gastos para
qualificar o atendimento aos vitimados por AVC. Desse montante, R$ 70 milhões
serão destinados à compra de medicamentos. (Ag. Brasil)
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