"É muito pequeno, não
dá". Assim foi recebido Arthur Antunes Coimbra (Zico) no início da sua carreira.
Isso aconteceu quando aquele rapaz franzino
foi levado ao Flamengo pelo radialista Celso Garcia. A frase desestimuladora foi dita
pelo técnico Modesto Bria, treinador das divisões de base. Mas graças à determinação daquele garoto, da vontade de se tornar ídolo e de muito trabalho, dedicação e ajuda
de amigos e profissionais do futebol o mundo conheceu um dos seus maiores futebolistas. Como cidadão, também é um verdadeiro exemplo.
Neste 3 de março de 2012 (sábado), Zico festeja com a família e
amigos a chegada do 59º aniversário. O Blog, cujo responsável é Tricolor de Coração
(Flu), traz esse presente não apenas para os flamenguistas, mas para todos que gostam
e defendem o futebol arte. A biografia tem como fonte “Zico
na Rede” e “Arquivo
Campeões do Futebol”, e foi extraída de http://www.campeoesdofutebol.com.br
.
Assista, também, à entrevista que Zico concedeu ao Programa do Jô (Globo), em
13.04.2010. Como diria o Inesquecível
narrador Jorge Curi: “DÁ-LHE, ZICÃO!”
Arthur Antunes Coimbra
nasceu às 7h do dia 3 de março de 1953, na casa 7 da rua Lucinda Barbosa, no
subúrbio de Quintino Bocaiúva, zona norte do Rio de Janeiro. O caçula dos seis
filhos do imigrante português de Tondela, José Antunes Coimbra, com a carioca
da gema, Matilde da Silva Coimbra. Seu Antunes, fervoroso torcedor do
Flamengo, foi goleiro amador na juventude e por pouco não se profissionalizou
por seu clube de coração. Trabalhou em padaria, mas já estava dedicado ao
ofício de alfaiate no terceiro ano da década de 50. Já dona Matilde, a Tidinha,
era a responsável por organizar o time da casa, que acabava de ganhar um
reforço. Pela ordem, a família Coimbra já contava com Maria José (Zezé), José
Antunes (Zeca), Fernando (Nando), Eduardo (Edu) e Antônio (Tunico).
As quatro letras que marcaram o
futebol mundial, Z-I-C-O, entraram na vida de Arthur ainda na infância. Pequeno
e franzino, não foi difícil Arthur virar Arthurzinho e depois Arthurzico. Até
que uma prima, Ermelinda, reduziu carinhosamente para Zico. O outro apelido, o
de Galinho de Quintino, foi dado anos depois pelo radialista Waldyr Amaral, que
se inspirou no jeito de andar do craque.
Zico é o maior artilheiro da história do Flamengo com 508 gols em 731 jogos, e
ídolo de uma nação com mais de 35 milhões de torcedores espalhados pelo país.
Deixou sua marca 333 vezes no Maracanã, um recorde que ainda não foi quebrado
por nenhum outro jogador. Conquistou a Itália nas duas temporadas em que jogou
pela Udinese, deixando um tempero de feijoada na tradicional ‘macarronada’. No
Japão, tem a admiração de um povo que não se cansa de homenageá-lo pelo que ele
fez no futebol da
Terra do Sol Nascente. Os japoneses transformaram sua despedida definitiva dos
gramados em um carnaval (1994), construíram duas estátuas, e o imperador
entregou a ele uma comenda pelos serviços prestados ao país. A prova maior de
confiança, no entanto, aconteceu quando lhe deram a árdua missão de assumir o
comando da seleção nacional que buscava a vaga na Copa de 2006. Dos tempos de
jogador, vale ainda destacar a reverência dos países por onde Zico apenas
passou, como a França e a Espanha.
Ao longo de sua carreira, Zico jogou em apenas Três equipes: Flamengo,
Udinense e Kashima Antlers. A história de Zico no Flamengo começou em 1967, na
escolinha do clube. Zico foi levado pelo radialista Celso Garcia, que,
convidado por Ximango, um amigo da família Coimbra, viu Zico arrebentar numa
partida de futebol de salão do River. O garoto marcou nove gols na maiúscula
vitória de 14 x 0. Mas por pouco Zico não foi parar no América, já que o irmão
Edu havia acertado, naquela mesma semana, tudo com a escolinha do Alvi-Rubro. A
paixão pelo Flamengo falou mais alto. O primeiro jogo no
Maracanã aconteceu três anos depois, ainda pela escolinha do Flamengo. O
‘violino’ Carlinhos, que mais tarde viria a ser formador de talentos e
treinador campeão pelo clube, estava se despedindo da carreira de atleta num
jogo entre Flamengo x América, que terminou empatado em 0 a 0. Zico recebeu de
Carlinhos o par de chuteiras, instrumento de trabalho que era arma poderosa nos
pés do habilidoso e cerebral meia Carlinhos.
As vitórias já eram uma rotina para Zico, artilheiro do Flamengo, quando
o Brasil conquistava o bicampeonato mundial no México. Em 71, passou para o
Juvenil e marcou seu primeiro gol diante da torcida que o consagrou. Foi de
pênalti, num empate em 1 a 1 contra o Botafogo.
ZICO NO JÔ SOARES (13.04.2010)
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