BUQUÊ DE FLORES (É EXPRESSÃO REDUNDANTE?)
É, sim. Buquê (do francês bouquet) só existe de flores. Você pode
construir: buquê de rosas, buquê de cravos, buquê de margaridas, buquê de
camélias, etc.
SOLECISMO
É todo o erro léxico ou sintático.
“Haviam muitas pessoas na
festa” em vez de “Havia muitas pessoas na festa”;
Fazem vinte anos que não a
vejo - Faz vinte anos que não a vejo;
Hão de me obedecerem - Hão de me
obedecer;
Custei muito a encontrá-lo – Custou-me muito encontrá-lo;
Não lhe
passou desapercebido esse fato – Não lhe passou despercebido esse fato;
Prefiro
antes fazer uma coisa do que outra – Prefiro fazer uma coisa a outra;
Não saia
sem eu – Não saia sem mim;
Entre eu e ele, entre vós e eu, entre Pedro e eu –
Entre mim e ele, entre mim e vós, entre mim e Pedro;
Não crede, não suponde –
Não creias, não suponhais;
Pediu-me de os visitar – Pediu-me que os visitasse;
Aspirar altas posições – Aspirar a altas posições;
Guerreiro intemerato –
Guerreiro intimorato (intrépido, denodado, destemido). OBS.: Intemerato quer dizer
inviolável, sem mancha, puro, incorrupto. Exs: Virgem intemerata; Verdade e fé
intemeratas.
Os solecismos podem ainda ser prosódicos e ortográficos.
Exemplos de
prosódicos:
Abissolutamente em vez de absolutamente;
adevogado – advogado;
púdico
– pudico;
previlégio – privilégio;
saloba – salobra.
Exemplos de Ortográficos:
Aza em vez
de asa; ascenção – ascensão;
sujestão – sugestão; pacivo – passivo.
A palavra solecismo vem de “Soles”, colônia da Grécia, cujos habitantes
corromperam de tal forma a língua grega que solecismo veio a significar “falar
errado”.
SUA “SENHORA” JÁ CHEGOU
A palavra feminina que corresponde a marido é mulher, somente mulher.
Esposo e esposa, por sua vez, são termos que se usam em meios bem específicos
(jurídico e administrativo), além de se aplicarem propriamente em referência a
pessoas ilustres, de grande destaque nos meios políticos e sociais e a deuses
da antiguidade.
Exs.: O duque veio acompanhado da rainha, sua esposa; O
governador veio acompanhado da sua esposa; A primeira-dama não soube explicar
por que o presidente, seu esposo, deixará de comparecer à reunião; Júpiter era
o esposo de Juno.
PENAL = PÊNALTI?
Não em futebol. A infração cometida por um jogador dentro da sua grande
área é punida com um chute livre direto, ou seja, com uma penalidade máxima ou
pênalti.
Certos jornalistas esportivos acham lindo usar penal por pênalti,
sinonímia inexistente, mas nem por isso fora de registro de certos dicionários.
ESTEJE/SEJE (EXISTEM?)
Não. Só existem as formas “esteja e seja”. Por isso, seja sempre
atencioso, esteja sempre atento e não diga: “Anos noventa” e, sim, “Anos
noventas”.
Muito pior do que usar “esteje/seje” é usar “teja” por “tenha”, como fez
recentemente um locutor esportivo: Por mais experiente que você “teja”, antes
de uma partida importante você sempre fica meio tonto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário