BRAGUILHA
É a abertura dianteira de veste tipo calça, calção ou bermuda. Deve assim ser grafada a palavra. O termo “barguilha” é grafia incorreta. A palavra provém do gaulês “bracas” (calças). Depois, houve a transformação para “braga”,nascendo, então,o diminutivo braguilha.
ALPARCATA
Há três
formas corretas para a designação desta espécie de calçado, cuja sola se ajusta
ao pé por meio de tiras de couro ou de algum tecido: alpercata (com “e”),
alparcata (sem “e”), por dissimilação e alpargata com “g”. Existem ainda as
formas “apragata” e “alpragata” usadas pelas pessoas incultas. Existe também a
forma alparca, desusada no Brasil. Alpargata é formação do vasconço “abarca” pelo árabe al-bargat.
A CASA
Quando
sinônimo de lar, de residência de quem fala ou da pessoa a quem se alude, o
termo casa é precedido da preposição “a”. Não se dará, pois, a crase. Por isso
escrever: Agora mesmo vou a casa, para repousar um pouco. Errado escrever:
Agora mesmo vou à casa, para repousar um pouco.
ALELUIA
É expressão
de alegria. Duas palavras hebraicas a compõem: “Halelu (segunda pessoa do
plural do imperativo do verbo “hillel”, forma plural de “hallal”), e de “Yã”,
abreviatura de Javé (o nome de Deus revelado a Moisés). A tradução de aleluia
é: Louvai a Javé.
ALUGUER /ALUGUEL
Embora as
duas formas estejam de acordo com a vernaculidade, fazemos opção pela de
“aluguel” (com o plural aluguéis). Os lusitanos optam pela forma aluguer,
fazendo o plural alugueres.
AVÔ, AVÓS E SEUS PLURAIS
O plural de
avô é avôs. O de avó é avós. Quando nos referimos, de modo concomitante, ao avô
e à avó, homem e mulher, devemos dizer os avós (plural com acento no “o”). O
mesmo ocorrerá quando a referência for a ascendentes, antepassados, avoengos.
CÊ CEDILHADO
A maioria
das pessoas incide em erro quando soletra uma palavra onde há “ç”. Açude, por
exemplo. É soletrada desta forma: a - cê cedilha - u - çu - d-e - de.
Corretamente, a soletração é esta: a - cê cedilhado - u - çu - d-e - de. Porque
há o verbo cedilhar e, no caso, a consoante está cedilhada. Sei que há
gramáticos que aceitam a forma cê-cedilha. Que fazer?
SOU “DE” MENOR / SOU “DE” MAIOR
Ninguém é
“de” menor, nem “de” maior. Na língua culta ou mais cuidada existe o menor de
idade e o maior de idade. Portanto, diga sempre, como gente grande: Sou menor,
ou, então, como gente que entende: Sou maior. No registro coloquial, todavia,
só se encontra “de” menor e “de” maior. Um dicionário (Aquele) abona as
expressões impugnadas. Compreende-se.

(*) Professor Antonio
da Costa é graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e
Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). É, também, servidor
do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sobral. Contatos: (088)
9409-9922 e (088) 9762-2542.
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