NOMES E SOBRENOMES DE PESSOAS
Variam normalmente: Os Luíses, os Joões, as Esteres, as Raquéis, os
Serras, os Matarazzos, os Dinizes, os Alencares.
Se o nome ou sobrenome é composto, só varia o primeiro elemento: Os
Luízes Antônio, as Marias Ester, os Machados de Carvalho.
Se os elementos vêm ligados por “e”, ambos variam: Os Costas e Silvas,
os Gamas e Silvas.
Se o nome ou sobrenome for estrangeiro, com terminação estranha à
língua, acrescenta-se apenas um “s”: Os Walts, os Johns, os Disneys, os
Kennedys, os Malufs. Essas são as regras.
Equivocam-se, portanto, os que ensinam (e existem gramáticos envolvidos)
que os nomes e sobrenomes estrangeiros podem não variar. A mídia brasileira
ignora tais regras. Talvez seja porque seus integrantes nunca tenham passado
pela Rua dos Gusmões ou pela Rua dos Andradas. Pior talvez seja porque boa
parte de seus integrantes não tenham lido “Os Maias”, do famoso escritor
português, José Maria de Eça de Queirós.
UM TERÇO DOS ALUNOS SAIU OU SAÍRAM?
Segundo a tradição gramatical, quando o núcleo do sujeito é formado por
uma fração, o verbo deve concordar com o numerador: Um terço dos alunos saiu.
Assim sendo: Um terço compareceu; Dois terços compareceram.
É aceitável, entretanto, a concordância atrativa com o especificador: Um
terço dos alunos saíram. Temos aqui, portanto, um caso de concordância
facultativa: Um quarto das empresas pesquisadas pediu (ou pediram) concordata.
Quando o verbo é de ligação (ser, estar, ficar, parecer, tornar-se...) é
flagrante a nossa preferência pela concordância atrativa: Um terço das mulheres
ficaram insatisfeitas; Um quinto das crianças já foram vacinadas.
MANTENHA O MAIS ABSOLUTO SILÊNCIO
Uma pérola do tipo “subir pra cima”, “descer pra baixo”, “entrar pra
dentro”, “sair pra fora”, etc. Diga somente: Mantenha absoluto silêncio. Quando
se diz absoluto, aí já está “o mais”, e não há lugar para aumentativo.
ESPERO QUE VOCÊS VIAGEM COM CONFORTO E SEGURANÇA
Viagem com “g” é substantivo, portanto, deve haver artigo: Tenha uma boa
viagem; A viagem durou cinco horas. A frase correta é: Espero que vocês viajem
com conforto e segurança. Viajem com “j” é verbo e pode ser conjugado.
O POLÍTICO QUE SE PODE CONFIAR AINDA NÃO NASCEU
Este é o erro próprio da fala popular, linguagem de quem não está nem aí
para a regência verbal. Diga: O político em que se pode confiar ainda não
nasceu. A regência do verbo confiar exige a preposição “em”, pois quem confia,
“confia em alguém” e não “confia alguém”.
A QUE HORAS?
É dessa forma que se pergunta, e não com omissão da preposição: A que
horas você acorda? A que horas voltaremos? A que horas nos encontraremos? Vamos
almoçar a que horas?
ARREMEDAR / REMEDAR
Ambas são formas boas: O filho arremedou (ou
remedou) o pai e foi castigado; Esse palhaço arremeda (ou remeda) qualquer
político.
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