HISTÓRIA/ESTÓRIA
Estória (s.f) - Conto popular tradicional, narrativa de ficção. Esta
palavra foi proposta por estudiosos do folclore, em 1942, com o intuito de
diferençar história (folclore) de historia (ciência). Não nos parece necessário
o neologismo. Por isso recomendamos que em qualquer acepção se use apenas
história. Ex.: História do Brasil, histórias da Carochinha, a história da
Chapeuzinho Vermelho, a história do Santo Graal, etc. “O mais antigo conto que
conhecemos é a história dos dois irmãos “(Luiz da Câmara Cascudo, Contos Tradicionais
do Brasil, pág.21, edição 1967).
HÁBITAT (PRONÚNCIA)
Do Latim habitat (no Latim não se usava os sinais gráficos de hoje.
Para indicar a pronúncia usava-se a braquia (˘) e o macron
(¯). Hábitat significa ambiente habitual
dos seres vivos: O hábitat dos leões são as savanas. É latinismo incorporado ao
Português, devendo por isso ser acentuado. Pronuncia-se “ábitat” (com “t”mudo)
é não “hábitat” (fazendo soar o “t”). Plural: hábitats.
Há quem defenda, e com razão, o aportuguesamento total: hábita, hábitas,
e tem-se a expressão redundante “hábitat natural” que devemos evitá-la. Usemos
apenas hábitat: Os animais devem viver em seu hábitat.
HÁ MENOS DE /A MENOS DE
A expressão “há menos de” equivale a “faz menos de”, e se usa para
indicar tempo passado: Estava há (faz) menos de dois anos que ele morreu. “A
menos de” usa-se para indicar distância, ou espaço de tempo futuro: Deixou a
filha a menos de cem metros da escola; Estávamos a de um mês das eleições.
ILESO
Do latim “ilaesus”, que não foi ferido ou prejudicado. Adj. - São e
salvo, incólume: Saiu ileso do acidente. A pronúncia correta é ileso (“é”), com
“e” aberto. No Brasil, damos a preferência para ileso (ê), com “e” fechado.
A MENOS DE / A MENOS DE
A expressão “há menos de” equivale a “faz menos de” e se usa para
indicar tempo passado: Estava faz (há) menos de dois anos que ele morreu. “A
menos de” usa-se para indicar distância, ou espaço de tempo futuro: Deixou a
filha a menos de cem metros da escola; Estávamos a menos de um mês das
eleições.
“JAMAIS FARÍAMOS UMA COISA DESSA” OU “JAMAIS
FARÍAMOS UMA COISA DESSAS”?
A segunda. Quando se contrai a preposição “de” com
qualquer pronome demonstrativo, e este aparece posposto ao substantivo, usa-se
o pronome pluralizado. Ex.: Não se dá uma resposta destas a pessoas mais
velhas; Fizemos um esforço daqueles, e nada conseguimos; Um país destes não
pode passar por constantes crises econômicas.
A LOCUÇÃO
“DE FORMAS QUE” É CORRETA?
Não. Não existe de formas que, nem de
maneiras que, de modos que.
Use somente: de forma que, de maneira que, de modo que
(sempre no singular).
(*) Professor Antonio da Costa é graduado em Letras Plenas, com
Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale
do Acaraú (UVA). É, também, servidor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto
(SAAE) de Sobral. Contatos: (088) 9409-9922 e (088) 9762-2542.
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