No entanto, muitas pessoas vivem
com apenas um rim, como o ex-jogador Pelé, que foi internado no Hospital Albert
Einstein, em São Paulo, para tratar uma infecção urinária 11 dias após a
retirada de cálculos renais.
Isso não significa, porém, que
essas pessoas sejam obrigadas a seguir determinadas restrições ou que elas
corram risco de ter problemas de saúde.
É possível levar uma vida normal e
saudável com apenas um desses órgãos.
Entenda a seguir os motivos pelos
quais alguém vive com apenas um rim e os efeitos desta condição:
1) Por que uma pessoa tem só um rim?
Existem quatro razões mais comuns para isso.
A pessoa pode ter nascido com apenas um rim, uma condição
conhecida como agenesia renal.
Isso é mais comum entre homens,
segundo o instituto de pesquisa Kidney Research, do Reino Unido.
Também é possível nascer com ambos
os rins, mas apenas um deles funciona.
A pessoa ainda pode ter um de seus
rins retirados por causa de uma anormalidade na sua formação anatômica, para
tratar um sério trauma causado por um acidente ou por causa de uma doença, como
câncer, ou pode ter doado um dos rins a quem precisava de um transplante.
Segundo relatos da imprensa, Pelé
teve um rim extraído nos anos 70 nos Estados Unidos, no final de sua carreira
como atleta, por ter tido um tumor no órgão.
2) Ter só um rim gera problemas de saúde?
A maioria das pessoas que tem apenas um rim leva uma vida
saudável.
Em geral, quem nasce com apenas um rim saudável ou tem um deles
retirado ainda na infância não enfrenta problemas no curto prazo.
Isso porque o rim restante cresce
mais rápido e se torna maior do que um rim comum, um fenômeno conhecido como
"crescimento compensatório" ou "crescimento regenerativo".
Este único rim pode chegar a ter
quase o mesmo tamanho de dois rins juntos. Isso permite ao órgão realizar o
trabalho que caberia aos dois rins.
O mesmo ocorre com quem vive com
apenas um rim após um transplante. O órgão cresce e torna-se até 40% mais
potente do que um rim comum.
Mas foram observados efeitos ao
longo de um período maior de tempo entre aqueles que nasceram com um rim apenas
ou tiveram um deles retirado na infância.
É possível sofrer uma pequena perda
de função renal, o que não afeta muito a expectativa de vida. Esta condição
leva, em média, 25 anos para ser desenvolvida, segundo o instituto americano de
pesquisa National Kidney Foundation.
Estas pessoas ainda podem ter
pressão alta quando ficarem mais velhas ou apresentar um excesso de proteína na
urina, o que leva o corpo a reter fluídos e sódio, causando um inchaço nos
tornozelos e no abdômen.
3) É preciso ir com mais frequência ao médico?
A pessoa deve testar sua função renal por meio de exames ao menos
uma vez por ano, de acordo com a National Kidney Foundation.
Isso pode ser feito por meio de
exames de urina e sangue.
Ainda é preciso monitorar a
pressão arterial.
4) A pessoa pode praticar esportes?
O exercício físico é uma prática saudável e recomendada, mas
alguns médicos recomendam ter cuidado e evitar lesões ao órgão, que, por ser
maior e mais pesado, também é mais suscetível a traumas.
Uma forma de fazer isso é usar uma
proteção sobre a roupa durante a atividade.
Alguns médicos ainda recomendam
evitar esportes de contato, como futebol, basquete, lutas e artes marciais,
para prevenir danos aos órgão.
5) Há uma dieta especial?
A maioria das pessoas com só um rim não precisa seguir uma dieta
especial. Mas a Kidney Research recomenda consumir menos sal e beber bastante
água, entre seis a oito copos por dia.
Mas, quando a pessoa precisou de
um transplante motivados por uma doença ou falha renal, pode haver algumas
restrições na alimentação, o que varia a cada caso e depende da avaliação
médica.
Assim como quando a pessoa
apresenta uma concentração de proteína acima do normal na urina, sendo
recomendada uma dieta com menos proteína. (BBC)
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