CHARLES DARWIN - QUAL O SOM DA LETRA “W” DO NOME DO GRANDE
NATURALISTA IRLANDÊS?
O gramático Evanildo Bechara
é bem sucinto em sua Moderna Gramática Portuguesa, Cursos 1º e 2º Graus,
Companhia Editora Nacional. No capítulo Fonética e Fonêmica é bem sucinto, diz:
o “w” (dábliu ou dáblio) do nome DARWIN e dos derivados (darwiniano,
darwinista, etc.) soa como /u/. À página 48, 23ª Edição - 1978.
Vejamos o que nos diz o
gramático Domingos Paschoal Cegalla, em seu excelente Dicionário de Dificuldades
da Língua Portuguesa: “W” - esta letra denomina-se dáblio. Foi incluído no
nosso alfabeto pelo Acordo Ortográfico de 1990. Usa-se nos casos seguintes:
a) Em abreviaturas e
símbolos de termos científicos de uso internacional, como w (oeste), w (watt);
b) Na transposição de
palavras estrangeiras não aportuguesadas, como show, word, software, week-end;
c) Em nomes próprios
estrangeiros não aportuguesados e seus derivados, como Wagner, Newton, Darwin,
Washington, wagneriano, darwinismo. Ao lado de dáblio, o Vocabulário Ortográfico
grafa também “dábliu”, forma que nos parece menos boa. Pronuncia-se como “U” em
palavras provindas do Inglês (Watt, Wellington, show, etc.) e como “V” em
vocábulos provindos do Alemão (Wagneriano, Webert), etc.
FULANO FOI PRO BELELÉU
Muita gente boa pensa que a
expressão “Foi pro Beleléu” é gíria. Pois não é, não. A palavra beleléu é
originária de uma língua banta muito citada. É o Quicongo, falada na República
do Congo e em Angola. Beleléu é originado de "mblele” - cemitério.
Outra
expressão muito usada principalmente pelo povão é “quebrar o cabaço”, que
significa “tirar a virgindade”. Cabaço é outra palavra de origem banta:
“cabaçu” vem de “kabasu”, que quer dizer “virgindade”.
EMBIGO / UMBIGO
Está em dúvida o amigo
Francisco, quanto à forma “umbigo” e “embigo”, pronunciada também “imbigo”.
Pois não há porque duvidar, sendo as duas formas corretas. Umbigo corresponde
ao Latim “umbilicum”, mas embigo encontra correspondência em “imbilicus,
embilicus”, correntes em Latim vulgar. As duas últimas formas são meras
variantes gráficas porque o “e”, sendo átono, pode ser pronunciado “i”.
Portanto, podemos dizer sem receio: umbigo e embigo.
FERROLHO
Muitas
vezes uma palavra toma várias formas por influência fonética de outras com as
quais é parecida. Veja este exemplo: O Latim “verruclum”, o trinco de ferro de
uma porta, deveria dar, em Português, “verrolho”, mas como os tais trincos são
de ferro, por influência fonética desta palavra, tomou a forma atual “ferrolho”.
Tal trinco serve para abrir ou fechar porta, e como fechar se diz em espanhol
“cerrar”, passou a ser, nessa língua “cerrolho” e, ultimamente, “cerrojo”.
Muitos que fazer o serviço militar, em lugar de “engajar” engajamento, dizem
enganchar, enganchamento, por influência fonética de gancho. Tais modificações
fonéticas dão, como se vê, origem a novas formas que entram depois no uso
corrente do idioma.
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