sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Comissão aprova Estatuto da Família que exclui casais homoafetivos
Durante
a sessão, os deputados contrários à proposta, entre eles parlamentares do PT, PcdoB
e PTN, tentaram adiar a votação, apresentando uma série de requerimentos. Todos
foram derrubados. O deputado Bacelar (PTN-BA) alertou que a Constituição não
tem qualquer vedação a classificar uniões homoafetivas como família.
“Na
sociedade, temos inúmeros arranjos de união que levam ao conceito de família. O
que será de milhares de crianças e adolescentes brasileiros que não terão seus
direitos assegurados?”, questionou.
Bacelar
destacou ainda trecho do relatório que afirma que o afeto não pode ser
considerado elemento construtivo de uma relação ou para constituição de
família. “O afeto está na base da relação humana. É fundamental na construção
de uma sociedade.”
Na
mesma linha, a deputada Erika Kokay (PT-DF) tentou convencer outros
parlamentares a debater mais a matéria. “A quem interessa o relatório se não
interessa às famílias excluídas e heterossexuais. Ele só interessa ao
fundamentalismo religioso”, afirmou.
Comemorando
o resultado, o deputado Diego Garcia disse que o relatório cumpre uma tarefa
prevista na Constituição de 1988 e negou qualquer iniciativa homofóbica no
texto. “O relatório trata da família-base da sociedade, da família que está
esperando desde a promulgação da Constituição uma lei infraconstitucional que a
proteja e que traga os princípios constitucionais dentro de uma lei ordinária.”.
Segundo
Garcia, os parlamentares que o acusaram de homofobia não leram sequer o voto.
No parecer, o relator mencionou a necessidade de criação de um artigo no Código
Civil para contemplar direitos de todos os tipos de união que não estejam
enquadradas no conceito definido pela Constituição Federal.
“Acusar,
qualquer pessoa pode. Agora, basta que elas façam a leitura do texto.
Não se ativeram nem mesmo a ler o parecer. Em nenhum momento, trago ataque contra homossexuais.
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