
Segundo levantamento feito pelo G1 nesta terça-feira (12), ao menos 20 parlamentares de 7
estados voltaram ou pretendem voltar à Câmara, ainda que temporariamente, nos
próximos dias. Caso todas as mudanças se confirmem, a Casa terá substituídos
cerca de 4% de seus 513 integrantes às vésperas da votação.
As trocas vão levar para a Câmara ao menos 12 parlamentares
favoráveis ao impeachment e 7 contrários – o 20º tende a ser favorável, mas não
fechou posição. Dos 20, 4 pertencem ao PT, 4 ao PMDB e 4 ao PSDB. Os
demais são de PPS, DEM, PSC, PSD e PSB.
Entre os ministros de
Dilma, ao menos quatro devem deixar os cargos para votar contra o impeachment.
Três são deputados pelo PMDB: Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e
Tecnologia) e Mauro Lopes (Aviação Civil). A informação foi confirmada por
Pansera. Patrus Ananias (PT), ministro de Desenvolvimento Agrário, deve
confirmar a decisão oficialmente no fim de semana.
Em São Paulo, o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro
(PSDB), confirmou que será exonerado pelo governador Geraldo Alckmin. Segundo
ele, também devem ser exonerados os secretários Samuel Moreira (PSDB), da Casa
Civil; Arnaldo Jardim (PPS), da Agricultura e Rodrigo Garcia (DEM), da
Habitação. Todos votarão pelo impeachment de Dilma.
O ex-secretário de Transportes e logística Antonio Duarte Nogueira
(PSDB) também deixou o governo Alckmin dias antes. Em seu Facebook, escreveu:
"Amigos, reassumirei meu mandato de deputado federal a partir da semana
que vem para participar de um momento de extrema relevância, quando a Câmara
dos Deputados irá votar o impeachment da presidente Dilma”.
No Rio de Janeiro, a
assessoria do deputado Arolde de Oliveira (PSC), secretário de Trabalho e
Renda, confirmou que ele tomou posse para votar a favor do impeachment. Sergio
Zveiter (PMDB), da Habitação, afirmou que vai votar a favor do impeachment e já
comprou passagem para Brasília. "Vou votar a favor do impeachment por
decisão minha, por achar que há crime de responsabilidade, e também pela
orientação do PMDB", afirmou ao G1.
No Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), atualmente chefe da Casa Civil do
estado, vai reassumir o mandato de deputado federal na próxima sexta-feira (15)
para votar a favor do impeachment. Segundo sua assessoria, ele deve retornar ao
cargo estadual na terça (19).
Em Goiás, Thiago Peixoto (PSD), que estava na Secretaria de
Desenvolvimento Econômico de Goiás, voltou para votar a favor do impeachment,
segundo a chefe de gabinete do parlamentar.
Em Pernambuco, o secretário das Cidades de Pernambuco, André de Paula
(PSD), confirmou a saída momentânea para votar no domingo, a favor do
impeachment. Felipe Carreras (PSB), do Turismo, e Danilo Cabral (PSB), do
Planejamento, também manifestaram interesse em participar da votação - ambos
são a favor do impedimento - mas a posição final deve ser definida em reunião
na tarde desta quarta-feira (13).
O secretário de Transportes, Sebastião Oliveira (PR), também aguarda a
reunião da Executiva Nacional do partido prevista para esta quarta-feira para
definir sua posição. Oliveira está em Brasília e, segundo sua assessoria, é em
princípio favorável ao afastamento de Dilma.
Em Minas Gerais, Odair Cunha (P) confirmou que irá deixar a secretaria
de Governo para votar contra o impeachment. Miguel Correa (PT), de Ciência e
Tecnologia e Ensino Superior, deve fazer o mesmo movimento, mas decisão ainda
não está confirmada. A data de saída de ambos não está definida.
No Piauí, a exoneração de Rejane Dias (PT) do comando da Secretaria de
Educação foi publicada no Diário Oficial de terça-feira (12). O secretário de
Segurança, Fábio Abreu, deputado do PTB, só deve se manifestar sobre o assunto
na quinta-feira (14).
(Fonte: G1)
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