A atriz Tônia
Carrero morreu na noite deste sábado (3), aos 95 anos, no Rio de
Janeiro. Maria Antonietta Portocarrero Thedim, seu nome de nascimento, passava
por uma pequena cirurgia em uma clínica particular na Gávea, na Zona Sul do Rio
de Janeiro, quando teve uma parada cardíaca e não resistiu.
Desde o início da
carreira, Tônia manteve trabalho no cinema, teatro e televisão. Musa de Ipanema
dos anos 1940, Tônia Carrero tornou-se uma atriz de prestigio, e protagonizou
muitos espetáculos no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Mais tarde,
teve sua própria companhia, a Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA) e
conquistou espaço como grande intérprete.
Formada
em educação física, ela teve sua iniciação teatral num rápido curso com Jean
Louis Barrault, em Paris. Depois de fazer pontas em alguns filmes, teve sua
estreia profissional no palco do Teatro Copacabana, no Rio de Janeiro, em 1949,
na companhia de Fernando de Barros, fazendo Um Deus Dormiu Lá em Casa,
de Guilherme Figueiredo, ao lado de Paulo Autran e sob a direção
de Silveira Sampaio. Na ocasião, ganhou o prêmio de atriz revelação pela
Associação de Críticos Cariocas.
Sua interpretação
surpreendeu público e crítica em Quartett, de Heiner
Müller, dirigida por Gerald Thomas, que ela conheceu na Off-off Brodway,
em Nova York, e trouxe para o Rio de Janeiro, recebendo o Molière de melhor
atriz. Em 1989, sob a direção de Marcio Aurelio, comemorou 40 anos de
carreira encenando um solo, vivendo Zelda Fitzgerald em Esta Valsa é Minha, de William Luce.
Tônia é a matriarca
de uma família que tem quatro gerações de artistas. Além do único filho, o ator
Cécil Thiré, netos e bisnetos também seguiram a carreira. (JB)
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