
O governo
estimou o salário mínimo em R$
1.040,00 no ano que vem, de acordo com o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Ministério da Economia. Este ano, o
salário mínimo está em R$ 998,00.
De acordo com
o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, o parâmetro para o salário
mínimo leva em conta apenas o reajuste pelo INPC acumulado e não foi incluído nenhum tipo de ganho real.
Segundo ele, porém, o valor é apenas um parâmetro considerado pelo governo, e
não reflete o reajuste que será aplicado de fato.
Existe
atualmente no governo uma discussão a respeito do reajuste do salário mínimo.
Pela regra válida até este ano, o salário mínimo era reajustado pelo INPC do
ano anterior mais o PIB de dois anos antes.
No relatório bimestral de março, a equipe econômica havia previsto que o índice
que reajusta o piso nacional deve ficar em 4,2% este ano, o que resultaria num
valor próximo a R$ 1.040. Pela regra antiga, o valor poderia ficar em R$ 1.051.
Para 2021, o
mínimo previsto na PLDO é de R$ 1.082,00. Para 2022, a estimativa é de R$
1.123,00.
A política de
valorização do salário mínimo, com reajuste acima da inflação, teve início
formalmente em 2011, no governo Dilma Rousseff, com aprovação de lei sobre o
assunto, mas de fato começou antes disso, em 2004, ainda no governo Lula.
Déficit primário de R$ 124,1 bilhões em 2020 - A equipe
econômica projeta um déficit primário do Governo Central de R$ 124,1 bilhões
para o próximo ano, de acordo com o PLDO 2020. O valor é maior do que o
estipulado anteriormente, de R$ 110 bilhões, e equivale a 1,58% do PIB
projetado para o próximo ano.
Como
antecipou o Estadão/Broadcast,
com a piora do cenário de crescimento econômico e da arrecadação do País, o
governo teve que rever, para pior, a meta fiscal para o ano que vem.
Já a meta
para o déficit do setor público consolidado em 2020 passou de R$ 99,7 bilhões
para R$ 118,9 bilhões. O superávit previsto para Estados e Municípios passou de
R$ 14 bilhões para R$ 9,0 bilhões enquanto o déficit fiscal esperado das
estatais federais ficou em R$ 3,8 bilhões.
Déficit previdenciário - O rombo do
INSS continuará em escalada nos próximos anos, de acordo com o
projeto divulgado pelo Ministério da Economia. Para 2020, o rombo esperado
na Previdência é de R$ 237,9 bilhões, ou 3,02% do PIB. Em 2021, o déficit do
INSS chegará a R$ 255,6 bilhões, ou 3,02% do PIB. E, em 2022, a trajetória
previdenciária aponta para um saldo negativo de R$ 280,3 bilhões, ou 3,09% do
PIB.
Governo Central - A projeção de
déficit primário do Governo Central em 2021 passou de R$ 70,0 bilhões para R$
68,5 bilhões. Isso equivale a 0,81% do PIB do projetado para o ano. A projeção
para o déficit das estatais federais foi mantida em R$ 4,0 bilhões para 2021,
enquanto o superávit primário de Estados e municípios passou de R$ 17,5 bilhões
para R$ 7,3 bilhões.
Com isso, o
déficit estimado para o setor público em 2020 aumentou, passando de R$ 56,5
bilhões para R$ 65,3 bilhões.
Para 2022, o
governo prevê um déficit primário do setor público de R$ 30,3 bilhões,
resultado de um déficit de R$ 31,4 bilhões do Governo Central, um saldo negativo
de R$ 4,2 bilhões das estatais federais e um superávit primário de R$ 5,3
bilhões de Estados e municípios. (Estadão)
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