Dados divulgados
nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostram que 5,2 milhões de desempregados procuram emprego há mais de 1
ano. Esse universo representa 38,9% do total de desempregados no país.
Desse total de
pessoas na fila do desemprego, 3,3 milhões (24,8%) estão desocupados há dois
anos ou mais, uma alta de 9,8% na comparação com o 1º trimestre de 2018.
Ainda segundo o IBGE, 6 milhões de pessoas (45,4% do total) estão
procurando emprego há mais de 1 mês e a menos de 1 anos, e 2,1 milhões estão na
fila do desemprego há menos de 1 mês.
A taxa de desemprego média no país no 1º trimestre subiu para
12,7%, conforme já divulgado anteriormente pelo órgão, atingindo
13,4 milhões de brasileiros. Trata-se do maior índice de desocupação desde o
trimestre terminado em maio de 2018.
Segundo o IBGE, o
desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da federação no 1º trimestre.
As maiores taxas de desemprego foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%)
e Acre (18,0%), e a menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%)
e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as
taxas ficaram em 13,5% e 15,3%, respectivamente.
Em 12 estados e no DF, subutilização dos trabalhadores é a maior
em 7 anos
Além
da alta do desemprego, a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 25%
no 1º, a maior já registrada pelo IBGE. Em todo o país, esse grupo – que reúne
os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de
pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por
motivos diversos – alcançou o número recorde de 28,3 milhões de pessoas.
Desemprego é maior
entre jovens, mulheres e negros e pardos
Os dados do IBGE
mostram que o desemprego continua maior entre jovens, mulheres e negros.
No 1º trimestre de 2019, a taxa de desemprego a faixa de idade entre 14
e 17 anos chegou a 44,5%. Já na faixa de 18 a 24 anos, subiu para 27,3%,
chegando a 31,9% na região Nordeste.
O maior contingente de desempregados, entretanto de concentra entre
população de 25 a 59 anos (57,2%). Na sequência, estão os jovens de 18 a 24
anos (31,8%), os menores de idade (8,3%) e os idosos (2,6%).
As mulheres eram a maioria (52,6%) da população desocupada e da
população fora da força de trabalho (64,6%). Entre os homens, a taxa de
desemprego ficou em 10,9% no 1º trimestre, ao passo que entre as mulheres foi
de 14,9%.
A taxa de desocupação, no 1º trimestre de 2019, dos que se declararam
brancos (10,2%) ficou abaixo da média nacional (12,7%). Porém, a dos pretos
(16%) e a dos pardos (14,5%) ficaram acima. Do total de 13,4 milhões de
desempregados, os pardos representam a maior parcela (51,2%), seguidos dos
brancos (35,2%) e negros (10,2%).
(Fonte: G1)
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