20% dos
norte-americanos afirmam que tiveram contato com fantasmas e 40% dos britânicos
acreditam que suas casas estejam cheias de espíritos. Mas cientistas têm uma
explicação para tudo isso.
Em 2014, na Suíça,
12 voluntários participaram de um experimento no laboratório neurofisiológico
da Escola Politécnica Federal de Lausana. Foi dito aos voluntários que estava
sendo testado o comando à distância de uma mão mecânica, sendo preciso ficar de
costas para a mão e fazer com que ela acaricie.
O início do
experimento foi uma beleza: o movimento dos dedos dos voluntários ativou o
funcionamento da mão mecânica, fazendo-os sentir toque nas costas e criar uma
ilusão que estavam sendo tocados por si mesmos. Mas depois os pesquisadores
detiveram a mão por 500 milissegundos e a conduta dos voluntários mudou por
completo: exigiram parar o experimento por estarem vendo fantasmas que os
observam e tocam. Dois participantes temeram tanto que abandonaram o
experimento, mesmo depois de os cientistas terem explicado tudo o que
aconteceu.
A explicação foi a
seguinte: fantasmas, anjos e demônios apareceram pela distorção dos sinais
sensomotores que coletam a informação sobre a posição no espaço de uma pessoa e
os movimentos dela. Quando há uma interrupção neste sistema, por exemplo, no
caso de uma doença ou durante experimento, a pessoa vê uma segunda imagem de
seu corpo considerada alheia. Então isso é só fruto da imaginação, notam
autores da pesquisa.
Experiência com
fantasmas é descrita pelo cientista britânico Vic Tandy: no início dos anos 80,
ele realizou vários experimentos para uma grande companhia farmacêutica, e uma
vez até sentiu a presença de alguém no laboratório. Ele viu uma figura
acinzentada ao seu lado, mas, assim que se virou, percebeu que não havia ninguém.
Dias depois, quando estava limpando sua espada (ele era esgrimista
profissional) notou uma vibração no objeto mesmo quando estava no suporte.
O cientista revelou
que semanas antes em seu laboratório foi instalado um ventilador que vibrava a
uma frequência de 19 hertz, que coincide com a faixa infrassônica. O ouvido
humano não consegue identificar o aparelho, criando uma nova imagem para o
objeto e fazendo-a sumir assim que o objeto é retirado do local.
Vic Tandy lançou
teoria de que todos os encontros com fantasmas são provocados pela influência
de ondas infrassônicas, cuja fonte pode ser um terremoto, um trovão, uma
atividade vulcânica ou um movimento de transporte.
A teoria de Tandy
foi confirmada: 79 voluntários passaram horas em um quarto repleto de fontes de
infrassom, e saíram de lá afirmando terem visto figuras estranhas ou sentido
presença de alguém.
Outras causas de
pessoas verem fantasmas são correntes de ar, isolamento térmico e vazamento de
gás. Além do mais, pesquisadores da Universidade Clarkson (EUA) verificaram que
todas as casas com "atividade paranormal" eram contaminadas por mofo.
Toxinas de fungos provocam medo, contração de músculos e desorientação no
espaço.
Já em uma das casas
mais famosas pela "presença" de fantasmas, por barulhos estranhos e
por passos em quartos vazios havia problemas na chaminé, que não jogava a
fumaça para fora, mas, sim, para dentro dos cômodos. No fim das contas, as
alucinações eram resultado de intoxicação por monóxido de carbono. (Sputnick/JB)
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