A comissão especial da Câmara
dos Deputados que vai analisar o mérito da proposta de emenda à Constituição da
reforma da Previdência (PEC 6/19) faz sua primeira reunião ordinária na tarde
de hoje (7).
O colegiado deverá apreciar o
plano de trabalho elaborado pelo presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos
(PR-AM), e pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Os membros da
comissão também devem votar requerimentos apresentados até ontem (6).
Na manhã de hoje (7), Marcelo
Ramos reúne-se com partidos de oposição e com lideranças das legendas que
compõem o colegiado para discutir o cronograma de trabalho. A comissão especial
é composta por 49 membros e 49 suplentes de 25 partidos com representação na
Câmara.
Ramos
disse ontem (6) que espera encerrar a fase de audiências públicas
ainda em maio, para que o texto possa ser discutido em junho. O parlamentar, no
entanto, não fixou uma data para votação da proposta no colegiado.
“Quando falo mês de
junho, tenho como parâmetro a proposta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
de votar no plenário em julho”, disse Ramos. “Mas não tenho garantia nenhuma,
porque isso depende de um elemento externo à minha vontade, que é a capacidade
do governo de mobilizar os votos”, afirmou o presidente da comissão especial.
O deputado Marcelo Ramos
destaca que a articulação do governo é fundamental para que a matéria seja
aprovada no colegiado. O parlamentar espera que o ministro da Economia, Paulo
Guedes, compareça à comissão especial na quarta-feira (8) para apresentar
e discutir a proposta de reforma com os deputados.
Tramitação - O texto enviado pelo governo
federal já passou pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara, primeira etapa da tramitação da PEC 6/19. A CCJ aprovou, no dia 23
de abril, por um placar de 48 votos a 18, o texto do relator Delegado Marcelo
Freitas (PSL-MG) pela admissibilidade da proposta da reforma da Previdência.
Na comissão especial, será
examinado o mérito da proposição. O colegiado terá o prazo de até 40 sessões do
plenário, contados a partir de sua formação, para aprovar um parecer. A
comissão foi instalada no dia 25 de abril. Marcelo Ramos disse que
pretende realizar 11 audiências públicas com cerca de 60 convidados para
debater o tema.
Somente na comissão especial
poderão ser apresentadas emendas, com o mínimo de 171 assinaturas de deputados
cada uma, no prazo de dez sessões do plenário. A relatoria da PEC
6/19 está sob a responsabilidade do deputado Samuel Moreira. Para ser aprovada
no colegiado, a proposta precisa de, pelo menos, 25 votos favoráveis.
Após a publicação do parecer
da comissão especial e o intervalo de duas sessões, a proposta será incluída na
ordem do dia do plenário da Câmara, onde será submetida a dois turnos de
discussão e votação.
Entre os dois turnos, há um
intervalo de cinco sessões do plenário. Para ser aprovada, a proposta
precisa ter, em ambos os turnos, três quintos dos votos dos deputados –
308, em votação nominal. Em seguida, o texto vai para o Senado onde será
submetido a uma nova tramitação. (Ag. Brasil)
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