
De acordo com o presidente, que colocou seu sigilo
bancário à disposição, as apurações estão "fazendo um esculacho" em
cima de Flávio para prejudicar o seu governo.
"Façam justiça! Querem me atingir? Venham pra
cima de mim! Querem quebrar meu sigilo, eu sei que tem que ter um fato, mas eu
abro o meu sigilo. Não vão me pegar", afirmou Bolsonaro, em Dallas, no
Texas.
A quebra de sigilo bancário e fiscal nas apurações
sobre a movimentação financeira de Flávio, filho do presidente, atinge ao menos
cinco ex-assessores de Bolsonaro.
O presidente afirmou que o Ministério Público
quebrou o sigilo de seu filho "desde o ano passado" e que os
investigadores agora querem dar "um verniz de legalidade" às
apurações.
"É a jogadinha, quebraram o sigilo bancário
dele [Flávio] desde o ano passado e agora, para dar um verniz de legalidade,
quebraram oficialmente o sigilo dele. Mais, se eu não me engano, 93 pessoas
[...] O objetivo, querem me atingir? Quebrou o sigilo bancário desde o ano
passado. Isso aí é ilegalidade. O que diz a jurisprudência? Eu não sou
advogado, nulidade de processo. Fizeram aquilo pra prejudicar".
A avaliação do presidente é que setores da imprensa
e do Ministério Público estão insatisfeitos com o seu governo e perseguem a ele
e a sua família.
"Desde o começo do meu mandato o pessoal está
atrás de mim o tempo todo, usando a minha família, quebram o sigilo de uma ex-companheira
minha, que eu estou separado há 11 anos dela, que nunca foi empregada no
gabinete isso. Por que isso? Eu me pergunto, por que isso? Qual a intenção
disso? 93 pessoas? Eu não quero acusar outras pessoas de nada não, mas está
escandaloso esse negócio, tá escandaloso."
Os nomes das pessoas que já trabalharam no gabinete
de Bolsonaro e que são alvo da quebra de sigilo incluem a ex-mulher do
presidente, Ana Cristina do Valle.
"Você sabia que naquele grupo junto do
[ex-assessor de Flávio, Fabrício] Queiroz, tinha umas 20 pessoas, uns 20
funcionários, o meu filho tava 1 milhão e 200, segundo Queiroz teria
movimentado, verdade é metade, porque o Coaf mostra o que entra e o que sai.
Tinha uma senhora lá, empregada de um deputado do PT, que teria movimentado, na
mesma circunstância, 49 milhões de reais. O que aconteceu com este deputado?
Ele foi eleito neste ano presidente da Alerj, ninguém tocou no assunto."
"Mas grandes setores da mídia, ao qual vocês
integram, não estão satisfeitos com o meu governo que é um governo de
austeridade, é um governo de responsabilidade com o dinheiro público, é um
governo que não vai mentir e não vai aceitar negociações, não vai aceitar
conchavos para atender interesse de quem quer que seja. E ponto final",
completou o presidente. (JB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário