Nesta segunda-feira (24), a vice-governadora do Ceará,
Izolda Cela, esteve na sede do Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE)
para o lançamento do Pacto pela Aprendizagem Profissional. A iniciativa tem o
objetivo de fortalecer a aprendizagem profissional de adolescentes em situação
de risco social, contemplando meninos e meninas em acolhimento institucional,
que cumprem medidas socioeducativas, em situação de trabalho precoce, entre
outras vulnerabilidades.
“O principal desafio é olhar para essa juventude de forma
mais coordenada, com ações sistêmicas. Não basta oferecer a vaga (como
aprendiz). Temos que compreender o perfil desses meninos e meninas, as
ausências, o contexto familiar, o aspecto emocional, o resgate de vínculos,
entre outros aspectos”, disse Izolda Cela.
Na oportunidade, estiveram presentes
vereadores, prefeitos, deputados estaduais, além de outras autoridades. O pacto
deve abranger uma série de medidas com envolvimento de diferentes segmentos. O
encontro com os gestores será a primeira etapa.
No âmbito dos municípios, a
iniciativa prevê a implementação de um programa de aprendizagem profissional
destinado a adolescentes em situação de risco, a partir da criação de projetos
de lei. Entre as propostas está a de garantir o cumprimento das cotas de
aprendizagem entre empresas que prestam serviços ou fornecem produtos para
entes públicos.
Números - Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), entre os adolescentes em
situação de trabalho no Ceará, 82% têm entre 14 e 18 anos de idade. Procurador
do MPT-CE, Antonio de Oliveira Lima observou que a proporção se mantém em
outros estados do país.
“O primeiro desafio é oferecer capacitação prévia para
esses meninos e meninas que, no geral, têm baixa escolaridade. A maioria das
empresas busca contratar aprendizes a partir dos 18 anos e com Ensino Médio completo”,
pontuou. “A intenção, portanto, é colocar em evidência o critério social, e não
apenas o intelectual”.
O Ceará foi o estado brasileiro com maior
percentual de jovens aprendizes admitidos formalmente pelas empresas em 2018.
Do total de vagas geradas, em conformidade com o que diz Lei de Aprendizagem,
63,71% foram ocupadas pelos jovens cearenses. Os dados são da Secretaria
Nacional de Políticas Públicas para o Emprego, do Ministério da Economia. (Gov. CE)
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