O Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, administrado pelo
Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) recebeu certificado de redução
de infecções na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto emitido pelo Hospital
do Coração (HCor) em parceria com o Ministério da Saúde / PROADI-SUS e por meio
do Projeto Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil. A
certificação foi entregue durante o II Workshop regional da colaborativa em
Fortaleza.
A
UTI Adulto do HRN alcançou a meta proposta para três anos, reduzindo em 18
meses a incidência de Infecção Primária de Corrente Sanguínea Associada a
Cateter Venoso Central (IPCSL), confirmada laboratorialmente de 4,11% para 0%.
A redução foi percentualmente de 100%. O setor do Hospital também foi
certificado por ter reduzido em 18 meses a incidência de Infecção do Trato
Urinário Associado a Cateter Vesical de Demora (ITU-AC) de 3,7% para 0,9, uma
redução da média de 76% de ITU-AC.
Os
protocolos de segurança do paciente são imprescindíveis para uma rápida e
eficaz recuperação, minimizando os riscos de infecções. No HRN, com a adoção de
protocolos foi possível reduzir consideravelmente e até zerar a incidência
de casos de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) na UTI Adulto.
A
redução de infecções de forma considerável começou no início de 2017, quando a
UTI Adulto 1 começou a integrar o Projeto Colaborativo “Melhorando a Segurança
do Paciente em Larga Escala no Brasil”. A UTI Adulto 2 também passou a integrar
o projeto em 2018.
O
Projeto nacional é desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com os
cinco hospitais de excelência que participam do Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS): Sírio-Libanês (SP),
Israelita Albert Einstein (SP), Alemão Oswaldo Cruz (SP), Hospital do Coração
(SP) e Moinhos de Vento (RS), além do Institute for Healthcare Improvement
(IHI). A principal meta é em três anos reduzir em 50% o número as infecções
relacionadas à assistência à saúde.
A
coordenadora médica da UTI adulto, Melissa Parente, explica que os resultados
alcançados estão acima da meta nacional. Entre as ações realizadas que têm
reduzido as infecções estão os constantes treinamentos e uma avaliação diária
de permanência dos dispositivos nos pacientes. “Contamos com um treinamento
realístico que busca garantir como os protocolos funcionam e verificar se estão
reduzindo os índices de infecção, buscando as melhores condutas envolvendo toda
a equipe multidisciplinar que compõe o quadro profissional da UTI”, avalia
Melissa. A médica também salienta a ampliação da participação familiar em ações
como a “visita estendida”. Os familiares são estimulados a participarem na prevenção
de IRAS e nas visitas multiprofissionais.
O
gerente de risco do HRN, Kildery Teófilo, explica que os resultados positivos
são reflexo de um trabalho integrado. “Podemos associar diretamente essa
redução nas IRAS nas UTIs à adoção dos Protocolos de Segurança do Paciente,
além dos treinamentos das equipes”, ressalta.
Sobre
as IRAS - As infecções relacionadas à assistência à saúde podem ser
adquiridas em procedimentos de monitoramento e tratamento de pacientes em
unidades hospitalares. Alguns grupos de pacientes são mais suscetíveis a
desenvolver essas infecções, mesmo quando são adotadas todas as ações de
prevenção e controle. Os grupos de riscos incluem pacientes submetidos a
operações de grande porte ou transplantes, idosos, bebês prematuros, diabéticos,
pessoas em tratamento de câncer, com lesões extensas na pele, obesas, fumantes,
em tratamento ou com doenças imunossupressoras.
Prevenção - A implantação dos protocolos de segurança do paciente, o
monitoramento e o treinamento constante dos profissionais de saúde são
fundamentais para a redução de infecções hospitalares. São protocolos básicos
de segurança do paciente: identificação do paciente; prevenção de úlcera por
pressão; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia
segura; prática de higiene das mãos em serviços de saúde e prevenção de quedas.
O
uso de água e sabão, como também de álcool em gel ou solução, evita a
transmissão de microrganismos. Além de proteger os pacientes das infecções, é
seguro para a saúde dos familiares, visitantes e profissionais da unidade
hospitalar.
(Fonte: Ass. Comunicação do Hospital Regional Norte -HRN)
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