Pessoas com deficiência diagnosticadas com Covid-19 e que necessitem de atenção especial terão direito a um acompanhante em hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), maternidades públicas e privadas, entre outras instituições hospitalares voltadas para o atendimento a casos de Covid-19 no Ceará.
A prerrogativa foi estabelecida pela Lei nº 17.266,
sancionada pelo governador Camilo Santana, nesta segunda-feira (17). A redação
inclui crianças, adolescentes e adultos com graus moderado e severo de
Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo a lei, o acompanhamento deve ser realizado,
de preferência, por familiar, responsável ou alguém indicado pelo paciente.
Caso não seja possível, o cuidador deve ser capacitado para prestar o apoio
necessário ao paciente com deficiência. O acompanhante precisa comprometer-se
com a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para evitar a
transmissão de doenças infectocontagiosas.
Jorge Almeida, coordenador do Núcleo de Atenção à Infância e Adolescência do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), unidade da rede pública da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), do Governo do Ceará, ressalta a importância da lei para o acolhimento de pessoas com deficiência, em especial os pacientes com autismo.
“O estresse de uma
internação é mais intenso, pois eles têm dificuldade de adaptação em locais
desconhecidos e com pessoas desconhecidas. Ou seja, é uma situação que foge da
rotina que ele vive. Sem a presença de um acompanhante, eles podem desorganizar
as respostas, não atender de forma satisfatória as demandas médicas, pois são
muitos estímulos novos que sobrecarregam o paciente”, explica
Como forma de adaptar os pacientes com deficiência à internação, o especialista afirma que os acompanhantes podem adotar algumas estratégias.
“Os indivíduos com deficiência ainda podem manter um objeto
pessoal que ajude a reduzir o estresse, como um brinquedo, um livro, o celular,
um videogame. As pessoas devem dizer a esse paciente que o internamento não é
culpa dele e que será uma fase temporária”, complementa Erlane Ribeiro,
geneticista do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), unidade da rede estadual.
(Gov. CE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário