É por isso que instituições dos estados
brasileiros, como a Fundação Pró-Sangue, de São Paulo,
o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), o Hospital
Universitário Clemente de Faria, vinculado à Universidade Estadual de Montes
Claros (Unimontes), de Minas Gerais, entre outras, realizam ações durante junho
para dar mais visibilidade à doação de sangue e aumentar a quantidade de
coletas.
Como doar?
É preciso ter entre 16 e 69 anos e pesar no mínimo
50 quilos. No dia da doação, a pessoa precisa estar alimentada, evitar
alimentos gordurosos e ter dormido, no mínimo, seis horas nas últimas 24 horas.
É necessário ainda apresentar documento oficial com foto.
Homens podem doar novamente após dois meses da
doação anterior, com um total de até quatro vezes por ano. As mulheres podem
doar até três vezes por ano, com um intervalo de no mínimo três meses entre uma
doação e outra.
Quem não pode?
Gestantes, mães que estão amamentando, pessoas que
tiveram quadro de hepatite após os 11 anos de idade e quem já utilizou drogas
ilícitas injetáveis não podem doar, assim como quem tem doenças transmissíveis
pelo sangue, como hepatites B e C, Aids, HTLV 1 e 2 e doença de Chagas.
Contra o preconceito
Além disso, obedecendo decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF), a Anvisa
retirou em julho de 2020 a restrição da doação de homens gays. Até então,
homens que tivessem se relacionado sexualmente com outros homens num prazo de
12 meses eram proibidos de doar. O STF julgou a medida discriminatória e,
portanto, inconstitucional.
Leia também: Para comemorar ano de inclusão, entidades LGBTI fazem campanha de
doação de sangue
Restrições
O que segue vigorando, e isso é averiguado durante
a entrevista padrão realizada no momento da doação, é a restrição para quem se
submeteu a situações de "risco acrescido para doenças transmissíveis pelo
sangue".
Entram nessa característica quem pratica sexo não
seguro ou tem vários parceiros, independentemente do gênero, ser usuário de
drogas injetáveis e inalatórias ou ser parceiro sexual de portadores de Aids ou
de hepatite.
Locais de doação
Para doar, é só procurar o hemocentro do seu
estado. Em São Paulo, o agendamento pode ser feito direto pelo site da Fundação
Pró-Sangue. Se você é de outro estado brasileiro pode
encontrar o hemocentro mais perto de você aqui.
Risco de desabastecimento
Segundo o Ministério da Saúde, em uma nota enviada
à Agência Brasil, a queda da coleta de sangue pode levar até mesmo ao
desabastecimento e, consequentemente, ao comprometimento da assistência a
pessoas que precisam de transfusão de sangue.
“Através das ações e providências já tomadas pelo
ministério, junto com as ações locais realizadas pelos estados, como a
mobilização e sensibilização de doadores e estratégias para a redução do
consumo de sangue, a situação tem se mantido estável”, diz a pasta, que afirma
ter investido R$ 1,680 milhão em projetos de ampliação, reforma e qualificação
da rede de sangue e hemoderivados, apenas em 2020. Em 2019, foi R$ 1,548
milhão.
(Brasil de Fato)
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