DE UMA LEITORA: EU SEI QUE O AVIÃO AO POUSAR NA TERRA ATERRISSA. E O POUSO NA ÁGUA, COMO DEVEMOS DENOMINAR?
Parabéns, leitora, pelo acerto. Muitas pessoas dizem aterrizar (com “z”), forma errada. Bem, quanto ao pouso na água devemos dizer “amerissar" (com dois esses).
Quanto à forma “berinjela”, a forma rigorosamente correta de acordo com a etimologia é beringela (com “g”), que o VOLP não registra (ou regista). Como esse vocabulário só agasalha berinjela (com “j”), é esta a forma que deve ser preferida em exames, vestibulares, concursos, embora lamentavelmente.
SABOTAR (ETIMOLOGIA)
Sabotar significa: minar, solapar, prejudicar clandestinamente; danificar equipamentos de propósito; dificultar ou impedir alguma ação por meio de resistência pacífica etc.
A história começou com o francês “sabot” (= tamanco). Desse termo surgiu o verbo “saboter”, que primitivamente significava fazer um trabalho rápido e sem cuidado, mas não intencionalmente, o que pode ser traduzido pela expressão popular “fazer nas coxas”. Houve uma associação com esse tipo de calçado de madeira, rústico, grosseiro, de péssimo acabamento, que era fabricado para cidadãos mais pobres.
Na língua portuguesa existe o correspondente verbo “atamancar”, com os mesmos sentidos. No final do século XIX, o significado evoluiu para “executar mal um trabalho de propósito, com o objetivo de causar prejuízos”, até incluir “danificar equipamentos, solapar" etc. O nosso “sabotar” tem origem no verbo “saboter”, já com esses últimos sentidos.
ACENTO DIFERENCIAL
Só permanece o acento diferencial no verbo “pôr” (na distinção com a preposição “por”) e na forma “pôde”, do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder (na distinção com a forma “pode”, do presente do indicativo desse mesmo verbo). Fôrma recebe acento facultativamente. Ex.: Não sei qual é a forma (ô) da forma (ó).
Usa-se acento agudo facultativamente nas formas verbais do pretérito perfeito do indicativo, como amámos, cantámos, falámos, passámos, para distingui-las das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, cantamos, falamos, passamos etc.).
ACENTUAÇÃO DOS NOMES PRÓPRIOS
Os nomes próprios obedecem às mesmas regras fixadas para os nomes comuns: Jéferson, Pâmela, Tâmisa, Antônio (ou António, em Portugal), Cecília, Cláudia, Egídio, Ênio, Hélio, Ersílio, Hortênsia (é com “s” a grafia etimológica), Lúcio, Luís. Sônia, Virgílio, Aírton, Aníbal, Bolívar (Bolivar é pronúncia incorreta), Cármem, Cavalcânti, Cléber, Cósmo, Clóvis, Cristóvão, Dóris, Eliézer, Estêvão, Gérson, Hernâni, Hélder, Íris, Mílton, Mississípe, Nagasáqui, Nélson, Nílson, Sólon (Solón é pronuncia popular), Válter, Vítor, Havaí, Heloísa, Isaías, Jesuíno, Luís, Suíça, Taís etc.
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