Na 3ª Feira pp, 29 de Junho, Dia do Pescador, tradicionalmente, celebramos a festa folclórica de São Pedro. Amanhã, porém, 04/07, 1º domingo após o dia 29, celebraremos o seu dia litúrgico. Do final da tarde de hoje, sábado, 03, para a noitinha, celebramos a Missa da Vigília da Festa dos Apóstolos, Pedro e Paulo. Com tais motivações - litúrgicas e folclóricas - queremos colocar a nossa reflexão semanal, tentando encontrar em São Pedro, aquilo que já descobrimos nos dois outros importantes santos populares e comemorados dentro de nossas festividades juninas: Santo Antônio e São João, a quem chamamos, respectivamente, de “martelo dos hereges” e de “voz que clama no deserto”. Quando 29/06 for Domingo festeja-se S. Pedro também.
Hoje, quero falar
sobre o 3o, e importante, santo do mês de junho: S. Pedro
que, com seu irmão André, recebeu de Jesus o mesmo chamado de ir pelo
mundo e pregar o Evangelho a toda criatura. A ordem era essa: de sair e
comunicar, falar, espalhar a doutrina por toda parte. Desde aquele tempo, o
apóstolo, o presbítero, o bispo, o sacerdote são comunicadores:
têm que pregar. Faz, em torno de, 1988 anos que isso se deu, e tanto os
apóstolos de Jesus, como os seus sucessores, “percorreram, inicialmente,
toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do
Reino, curando todas as doenças e enfermidades” e continuam realizando essa
missão por toda parte até o fim dos tempos.
Pedro se destacou
com seus defeitos e suas virtudes, seus momentos de coragem e de covardia, por
suas perguntas ou respostas contundentes, dada a sua personalidade muito forte
e sincera.
Certa vez, Jesus
fez seus discípulos entrarem na barca e a passarem, antes dele, para a outra
margem, enquanto ele despedia a multidão. Jesus demorou, um pouco, com o povo, depois
subiu à montanha para rezar. Na barca, os discípulos remavam, sob o comando de
Pedro, e começavam a ter medo, pois a noite se aproximava e o vento soprava
forte.
O medo aumentou,
quando viram alguém se aproximando sobre as águas e começaram a dar gritos de
horror: ‘é um fantasma’. Ao que Jesus respondeu: “tranquilizai-vos,
sou eu, não tenhais medo”. Eis que Pedro, mostrando a sua personalidade,
inicialmente, corajosa, disse: “se
és tu, Senhor, manda-me ir sobre as águas até junto de ti”. Quando Jesus
disse, “vem”, ele atirou-se ao mar, mas, em face da violência do vento e
do medo ao se afundar, mostrou o outro lado da sua personalidade - a fraqueza - gritando: “salva-me,
Senhor”! Jesus estendeu-lhe a mão
e disse: “homem de pouca fé”.
Foi sobre aquele
homem que Jesus confiou a responsabilidade de governar a sua Igreja, ao
dizer-lhe: “apascenta as minhas ovelhas, cuida do meu rebanho”. E ele,
logo no início, ainda nos Atos dos Apóstolos, ao se sentir ameaçado, proibido
de falar no nome de Jesus, pelos chefes dos sacerdotes, anciãos e escribas,
disse com toda coragem: “julgai vós mesmos se é justo diante de Deus, que
obedeçamos a vós e não a Deus. Quanto a nós, não
podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”. Foi este compromisso com a comunicação da
palavra, com a pregação do evangelho, que fez Pedro ir pra Roma enfrentar o
império pagão, dar o testemunho da sua fé, rezar nas catacumbas, ser preso,
açoitado e crucificado de cabeça para baixo, mas não deixar de obedecer a Jesus
e viver o que ele mandou: “ide e tornai discípulos meus a todas as
criaturas”. Por isso, comemoramos
na 3ª Feira, dia 29, – por causa de Pedro, – o DIA DO PESCADOR; e amanhã
– por causa de seus sucessores – o DIA
DO PAPA. Rezemos pelo Papa Francisco
para que ele continue firme e forte, na Missão que Jesus lhe confiou, exigindo
de Pedro e de seus sucessores, apenas o amor pela Missão. (3X/J.C pergunta: tu
me amas?).
Ao nos referirmos a esses 03 Santos Juninos – Antônio, João e Pedro – mostramos sua importância, não simplesmente,
por causa do folclore ou dos festejos profanos e populares, que o povo faz em
torno de seus nomes. Muito mais do que isso – forró, fogueira, canjica e
pamonha - sua importância está nas lições de vida cristã, comprometida com o
trabalho de evangelização que Jesus confiou a eles. Acrescento que há um grande
Santo, festejado no mesmo Dia de São Pedro, e que não há nenhum folclore a seu
respeito, mas é uma das pilastras do início do cristianismo, que é São Paulo. Sua celebração litúrgica é
no mesmo dia que se celebra São Pedro. Dia 29 de junho, portanto, é a Solenidade Litúrgica de São Pedro e São
Paulo Apóstolos.
Saulo – seu nome Judeu –
é o mesmo que Paulo – seu nome Romano – nasceu em Tarso, na antiga Cilicia, hoje Turquia,
um grande centro mercantil e intelectual do mundo romano. Já era o ano 05 da
era cristã. Ainda adolescente foi enviado a Jerusalém para familiarizar-se mais
profundamente com a religião e a cultura hebraicas, frequentando a Escola da
Sinagoga, pois era filho de pais judeus, que gozavam dos privilégios da
Cidadania Romana. Com seus estudos greco-romanos ele se preparava para ser um
Rabino ou chefe de Sinagoga na mais ortodoxa das seitas judaicas. Apesar de ser
contemporâneo de João Batista e de Jesus, nunca se cruzaram ou se encontraram.
Também, era impossível. Ambos não haviam começado a aparecer, publicamente.
Paulo, ao terminar seus estudos em Jerusalém, havia retornado a Tarso e por lá trabalhava
na Sinagoga, como pregador do Judaísmo e na fabricação de tendas, junto a seu
pai. Enquanto isso, lá na Judéia, Cafarnaum, Jerusalém e pela Galileia Jesus
fundava o Cristianismo, anunciava o Evangelho ou a “boa nova” e transmitia a
sua mensagem de salvação, através da instituição de seus 12 Apóstolos e de seus
72 Discípulos para darem continuidade à sua Igreja quando Ele se fosse. Foi
quando Saulo apareceu de volta em Jerusalém: Jesus já havia dado o seu recado,
fundado a sua Igreja, deixado Pedro no comando, morrido, ressuscitado,
retornado ao céu, enviado o Espírito Santo e os Apóstolos já se espalhavam “por
toda parte” pregando a boa nova. Já eram uns 5.000 os seguidores de Jesus, mas
era muito pouco para o que Jesus queria: “que
eles fossem até os confins da terra”. Estava difícil. A maior parte dos
judeus, inclusive Paulo, não acreditava que “aquele homem que já se tinha ido” fosse o Messias. Daí, ter
ele se tornado um perseguidor das primeiras comunidades cristãs, até
colaborando no apedrejamento do Diácono Estêvão. “ele se esforçava para acabar com a Igreja. Ia de casa em casa,
arrastava homens e mulheres e os jogava na cadeia” (Atos 8, 3).
Para Jesus, só tinha um jeito: era trazer SAULO para o seu lado. Era
incorporá-lo ao Grupo dos seus Apóstolos. E assim o fez. Enquanto Saulo se
dirigia, a cavalo, para suas perseguições, pelas estradas de Damasco, teve a
visão de uma luz incandescente, que lhe cegou os olhos e, ao cair do
cavalo, ouviu: “Saulo, Saulo,
por que me persegues”? Ao perguntar (se fazendo de inocente):
“Quem és, Senhor”? A voz respondeu: “Eu sou Jesus,
aquele que tu persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e ali, dir-te-ão o que
deves fazer” (Atos 9, 3-6). E assim, Ananias foi ao
seu encontro, pôs a mão sobre a sua cabeça e no mesmo instante, Saulo
recobrou a visão. Ficou tão impressionado que se tornou cristão, desfazendo
toda a imagem negativa que criara.
COMENTÁRIOS RECEBIDOS
Freddy
Carvalho, de Fortaleza: Como esse
poeta representa bem o sertão em sua poesia, principalmente porque está por
demais relacionada com o período Junino. Parabéns!
Chico
Ocosta - também poeta cordelista da Ibiapaba que mora
em São Paulo: Que bela e charmosa poesia do sertão do nosso nordeste que encanta
quando canta o simples que sai de dentro do coração recheado de poesia que lhe
molda o viver no sertão.
Antônio
Acelino Mesquita Rego, de Guaraciaba do Norte: Sobre o NEGACIONISMO DOS NAZIFASCISTAS: Infelizmente
a maldita polícia ainda fala mais alto do que os próprios direitos ! Saúde
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