Mas as reações em
relação à Rússia foram muito mais variadas em todo o mundo.
O Brasil, por
exemplo, tem adotado uma postura dúbia: alterna entre silêncio, orientações a
brasileiros para deixarem a Ucrânia, declarações de solidariedade à Rússia pelo
presidente Jair Bolsonaro e voto na Conselho de Segurança da ONU contra a
invasão russa.
Entenda a posição de
alguns dos principais países e o que os líderes mundiais disseram sobre a
invasão.
China
O fato mais notável
sobre a reação da China ao conflito é que não houve palavras do presidente Xi
Jinping — em vez disso, declarações foram emitidas pelo Ministério das Relações
Exteriores do país.
Em sua declaração de
25/02, Pequim disse acreditar na "soberania e integridade territorial de
todos os países", mas também expressou a opinião de que a Rússia tem
"preocupações legítimas de segurança" que "devem ser levadas a
sério e tratadas adequadamente".
Crucialmente, porém,
a China até agora não usou a expressão "invasão" quando se trata das
ações da Rússia na Ucrânia.
Especialistas em
relações internacionais não ficaram surpresos com essa postura e apontaram que,
em 4/02, Xi e o líder russo Vladimir Putin se encontraram em Pequim — seu 38º
encontro desde 2013.
Ambos os líderes
emitiram uma declaração conjunta na qual pediram às potências globais,
principalmente EUA, União Europeia e Reino Unido, que "abandone as
abordagens ideologizadas da Guerra Fria".
Xi criticou
especificamente a expansão da aliança militar liderada pelos EUA, a Organização
do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na região da Europa Oriental.
Mais notavelmente, a
China se absteve de uma votação do Conselho de Segurança da Organização das
Nações Unidas (ONU) para condenar a invasão russa.
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