- Ainda será preciso comprovar as informações prestadas no ato da inscrição (como a renda familiar per capita e o certificado de conclusão de curso em escola pública, por exemplo). Isso é feito na instituição de ensino na qual o aluno estudará, entre 3 e 14 de março.
- Se
não houver formação de turma, o aluno perderá a vaga. Poderá tentar
participar da segunda chamada (21 de março) e da lista de espera (caso
manifeste interesse).
Segunda chamada e lista de espera
O candidato que não for aprovado na 1ª chamada concorrerá a uma vaga mais uma vez, automaticamente, na 2ª
convocação, cuja lista sairá em 21 de março.
Se, ainda assim, ele não "passar", terá a opção de manifestar interesse na lista de espera, em 4 e 5 de abril,
pelo site do Prouni.
As condições são as seguintes:
Lista
de espera para a 1ª opção de curso para quem foi:
- reprovado
nas duas chamadas regulares;
- pré-selecionado
na segunda opção de curso, mas reprovado por não formação de turma.
Lista
de espera para a 2ª opção de curso para quem foi:
- reprovado
nas duas chamadas regulares (e não houve formação de turma na primeira
opção de curso);
- pré-selecionado
na 1ª opção, mas reprovado porque não houve formação de turma.
Abaixo, entenda como o Prouni funciona:
1.
o que é o Prouni;
2.
quem pode se inscrever e quais são os tipos de bolsa;
3.
como calcular a renda familiar per capita;
4.
se estudantes de escolas particulares puderam participar
5.
se há vagas para cotas;
6.
se é possível usar Fies, Sisu e
Prouni ao mesmo tempo;
7.
se é preciso fazer o vestibular da instituição de ensino.
1- O que é o Prouni?
O Prouni é um programa do Ministério da Educação
(MEC) que, desde 2004, oferece bolsas de estudo integrais (cobrem 100% da
mensalidade) e parciais (50%) em instituições particulares de ensino superior.
A classificação é feita com base nas notas do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem).
2- Quem pode se inscrever? Quais são
as modalidades de bolsa?
A princípio, apenas os candidatos que prestaram o Enem 2021
poderiam pleitear uma vaga no Prouni. Mas, em 18 de fevereiro, um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro mudou os critérios inicialmente divulgados: passou a incluir também quem fez a edição de 2020.
Segundo o MEC, para os alunos que participaram do exame nos dois anos,
o sistema considerou a nota mais alta.
Além de ter feito a prova, é necessário se encaixar em uma das seguintes
categorias:
- ter
cursado o ensino médio completo na rede pública;
- ter
sido bolsista integral em escolas particulares durante
todo o ensino médio;
- ter
alguma deficiência;
- ser professor da rede pública de ensino, na
educação básica.
Com exceção dos docentes, os demais candidatos não podem ter diploma do
ensino superior.
Há também critérios de renda. São duas modalidades:
- bolsa
integral: renda
familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.818);
- bolsa
parcial (50%
da mensalidade): renda familiar mensal per capita de 1,5 a 3 salários
mínimos (de R$ 1.818 a R$ 3.636).
3- Como calcular a renda familiar per
capita?
Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os
salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de
componentes do grupo.
- Por
exemplo: pai (R$ 2 mil por mês), mãe (R$ 1,5 mil por mês), candidato
do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem
renda).
- Somando
os valores, chega-se ao total mensal de R$ 3,5 mil.
- Depois,
dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 875.
Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como
está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 1.818), o candidato poderá
concorrer à bolsa de estudos integral.
4- Os alunos de escola particular
também puderam participar?
Em dezembro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro liberou o acesso ao
Prouni para alunos que cursaram o ensino médio em colégios particulares (sem
bolsa de estudos), desde que se encaixem nos critérios econômicos (renda
familiar per capita de até 3 salários mínimos). Mas essa mudança ainda não
valeu para o Prouni do 1º semestre de 2022.
Por enquanto, apenas os que tinham bolsa integral nos três anos do
ensino médio puderam se inscrever.
- ESCOLAS
PARTICULARES NO PROUNI: ampliação de desigualdades ou inclusão de mais jovens na
universidade?
5- Há vagas para cotas?
Sim. O Prouni reserva bolsas para pessoas com deficiência e para
autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.
A quantidade de vagas de cotas é equivalente à porcentagem que cada
grupo representa na população do estado, segundo o último censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Atenção: mesmo os
cotistas devem se encaixar nos demais critérios de exigência do Prouni .
6- É possível usar Prouni e
Fies ao mesmo tempo? E Prouni e Sisu?
Fies
e Prouni: Sim. Se o candidato conseguir a bolsa de estudos parcial do Prouni, que
cobre apenas 50% da mensalidade, poderá financiar a outra metade pelo Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies).
Sisu e Prouni: Não. O aluno até pode se inscrever nos
dois programas, mas precisará escolher apenas um ao efetivar a matrícula.
Lembrando que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
oferece vagas em instituições de ensino públicas, e o Prouni, em particulares.
6- É preciso fazer o vestibular da
instituição de ensino?
Não,
o candidato não precisa ter feito o vestibular nem já estar matriculado na
universidade.
Depois de conseguir uma bolsa pelo Prouni, no entanto, o aluno pode ser
submetido a um processo seletivo específico feito pela instituição de ensino.
Deve ser algo gratuito e já informado no ato da inscrição.
Cronograma do Prouni
- 1ª
chamada: 2
de março
- Comprovação
das informações da 1ª chamada: 3 a 14 de março
- 2ª
chamada: 21
de março
- Comprovação
das informações da 2ª chamada: 21 a 29 de março
- Inscrição
na lista de espera: 4 a 5 de abril
- Divulgação
da lista de espera para as instituições de ensino: 7 de abril
- Comprovação
das informações dos aprovados na lista de espera: 8 a 13 de abril
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