Desde
que Bento Albuquerque caiu do
cargo de ministro das Minas e Energia, Paulo Guedes, ministro da
Economia, recuperou poder na estatal e conseguiu emplacar não só o substituto
de Bento – Adolfo Sachsida –
como indicar o novo presidente da Petrobras.
Segundo
o blog apurou, a ala política defendia uma medida
mais rápida para diminuir o impacto do reajuste dos combustíveis,
como um subsídio – ao que Guedes era contra.
Quando
Guedes ganhou a queda de braço e colocou Sachsida à frente das Minas e Energia,
ganhou também o sinal verde para fazer mudanças em outros postos estratégicos
da Petrobras –
como diretorias e conselho – para conter novos reajustes.
Nesse
sentido, uma das ideias em discussão no governo é conseguir alargar o espaço
entre os reajustes dos preços nas refinarias – por exemplo, garantir um
intervalo de 100 dias ou mais entre eles.
A
avaliação é que, embora essa alteração não garanta preços mais baixos, pelo
menos o governo conseguiria reduzir o número de vezes que o assunto voltaria ao
centro do debate público daqui até a eleição.
Cem dias
não é um intervalo trivial. De acordo com um levantamento do Observatório
Social da Petrobras,
desde 2009 nunca houve um espaçamento desse tamanho entre os reajustes da
gasolina, por exemplo. O maior intervalo até aqui é o atual, 73 dias.
Essa
ameaça de mudanças assusta o mercado. Não à toa, ações da Petrobras na bolsa de
Nova York abriram esta terça-feira (24) em forte queda.
E não é
certo que, mesmo que o governo queira, as alterações venham a ocorrer, pois
dependeriam de passar pelo crivo da política de governança da estatal.
Entre
assessores políticos de Bolsonaro, a solução para os preços nos combustíveis,
agora, está nas mãos de Paulo Guedes: e esse grupo
– integrado por políticos do Centrão – teme que as medidas propostas pela
Economia não ocorram a tempo de blindar o presidente do desgaste eleitoral do
tema. (G1)
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