Tratado como uma nova "Carta aos Brasileiros", o documento foi
organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A
expectativa é que o ex-ministro do STF Celso de Mello leia o documento na
íntegra em um ato pela democracia marcado para o dia 11 de agosto, data em que
se celebra o Dia do Advogado, em São Paulo.
A carta é uma resposta aos recentes ataques promovidos pelo presidente
Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral.
"Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura
do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente
conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais
poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da
ordem constitucional", diz um trecho do documento.
No encontro, Fachin, que atualmente preside o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), defendeu as urnas eletrônicas e disse que é preciso
"coibir a violência como arma política e enfrentar a desinformação como
prática do caos".
Fachin disse que a sociedade brasileira "não tolera o negacionismo
eleitoral" e que "o ataque às urnas eletrônicas como pretexto para se
brandir cólera não induzirá o país a erro". O ministro acrescentou que a
"agressão às urnas eletrônicas é um ataque ao voto dos mais pobres".
(JB)
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