quarta-feira, 27 de julho de 2022

'Agressão às urnas eletrônicas é um ataque ao voto dos mais pobres', diz Fachin

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), se reuniu nessa terça-feira (26) com juristas que integram o Grupo Prerrogativas. O encontro foi marcado para entregar ao ministro uma carta em defesa da democracia e das urnas eletrônicas, assinada por mais de 3 mil pessoas, entre juristas, ex-ministros, acadêmicos e artistas.

Tratado como uma nova "Carta aos Brasileiros", o documento foi organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A expectativa é que o ex-ministro do STF Celso de Mello leia o documento na íntegra em um ato pela democracia marcado para o dia 11 de agosto, data em que se celebra o Dia do Advogado, em São Paulo.

A carta é uma resposta aos recentes ataques promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral.

"Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional", diz um trecho do documento.

No encontro, Fachin, que atualmente preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu as urnas eletrônicas e disse que é preciso "coibir a violência como arma política e enfrentar a desinformação como prática do caos".

Fachin disse que a sociedade brasileira "não tolera o negacionismo eleitoral" e que "o ataque às urnas eletrônicas como pretexto para se brandir cólera não induzirá o país a erro". O ministro acrescentou que a "agressão às urnas eletrônicas é um ataque ao voto dos mais pobres". (JB)

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