Na
última segunda (18), Bolsonaro recebeu embaixadores no Palácio da Alvorada, em
Brasília, e repetiu novamente sem provas
suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições e a segurança
das urnas eletrônicas.
Após
a reunião, diversos partidos de oposição acionaram a Justiça, entre os quais
PDT, Rede, PCdoB e PT, pedindo:
- PDT: Pediu ao TSE que mande as redes sociais
retirarem do ar os vídeos da reunião publicados nas páginas do presidente e que
Bolsonaro seja multado por propaganda antecipada. O partido afirma que as falas
do presidente "têm capacidade de ocasionar uma espécie de efervescência
nos seus apoiadores e na população em geral, ainda mais quando o conteúdo é
difundido através de redes sociais, que possuem um alto alcance entre os
usuários";
- Rede e PCdoB: Pediram a retirada do conteúdo
no canal da TV Brasil no YouTube e solicitaram que Bolsonaro e o PL, partido ao
qual o presidente é filiado, sejam condenados a divulgar "errata
desmentindo os termos das declarações" sobre urnas e o sistema eleitoral,
nos mesmos meios em que foram divulgadas as informações falsas;
- Ação do PT: Requer que Bolsonaro seja
obrigado a retirar o vídeo de suas páginas e se abstenha de fazer outras
publicações com o mesmo teor.
Reações
Ainda
mesmo na segunda-feira, dia em que Bolsonaro reuniu os embaixadores, políticos,
entidades e representantes do Poder Judiciário se manifestaram a favor das
urnas eletrônicas e do processo eleitoral brasileiro.
Fachin,
por exemplo, reafirmou a integridade do
sistema eleitoral.
"É
hora de dizer basta à desinformação. É hora também de dizer não ao populismo
autoritário, que coloca em xeque a conquista da Constituição de 1988",
declarou o presidente do TSE.
Na
mesma linha, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
afirmou que a segurança das urnas e a lisura do processo eleitoral não podem
mais ser "colocadas em dúvida".
“Uma
democracia forte se faz com respeito ao contraditório e à divergência,
independentemente do tema. Mas há obviedades e questões superadas, inclusive já
assimiladas pela sociedade brasileira, que não mais admitem discussão. A
segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais
ser colocadas em dúvida", afirmou Pacheco.
Um
dia depois, na terça (19), o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo
Tribunal Federal, reiterou confiança no processo
eleitoral brasileiro, repudiando recentes ataques às urnas.
"A
Fachin, o ministro Fux reiterou confiança total na higidez do processo
eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE", informou o STF
na ocasião.
"Em nome do STF, o ministro Fux repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas", acrescentou o Supremo. (G1)
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