Os números da
publicação mostram que o número de pessoas que lidou com algum tipo de
insegurança alimentar foi de 61,3 milhões – praticamente três em cada dez
habitantes do Brasil, que tem uma população estimada em
213,3 milhões. Desse total, 15,4 milhões enfrentaram uma insegurança
alimentar grave.
Os dados da FAO para o Brasil englobam o período de 2019 a
2021.
Os últimos números
da instituição revelam uma piora alarmante da fome no Brasil. Entre 2014 e
2016, a insegurança alimentar atingiu 37,5 milhões de pessoas - 3,9 milhões
estavam na condição grave.
Segundo a FAO, as
definições para a insegurança alimentar são as seguintes:
Insegurança moderada: as pessoas não tinham
certeza sobre a capacidade de conseguir comida e, em algum momento, tiveram de
reduzir a qualidade e quantidade de alimentos.
Insegurança grave: as pessoas que ficaram
sem comida e passaram fome e chegaram a ficar sem comida por um dia ou mais.
O que é
insegurança alimentar
No ano passado, em
todo mundo, 2,3 bilhões de pessoas enfrentavam um cenário de insegurança
alimentar ou severa, 350 milhões a mais do que o observado antes da pandemia de
coronavírus.
A pesquisa também
mostrou que as mulheres sofreram mais com a insegurança alimentar.
Em 2021, 31,9% das
mulheres no mundo enfrentavam um cenário de insegurança moderada ou grave,
acima dos 27,6% apurados entre os homens. A diferença de quatro pontos
percentuais também é maior do que a observada 2020, quando era de três pontos.
De acordo com as
projeções da FAO, 670 milhões de pessoas passarão fome em 2030, o que é
equivalente a 8% da população global.
(G1)
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