O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
fez uma forte defesa da emenda do relator, que ficou conhecida como “orçamento
secreto”, enquanto participava do BTG Macroday, evento do banco BTG Pactual. A
defesa feita por Lira se deu na esteira da lembrança da mediadora do evento de
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dito que, se for
eleito, vai acabar com a tão contestada emenda.
sexta-feira, 19 de agosto de 2022
Lira diz que quem critica 'orçamento secreto' não conhece realidade dos municípios
Os críticos alegam falta de transparência na
alocação de verbas públicas direcionada aos parlamentares e dão conta de que o
processo acaba beneficiando setores específicos e beneficiando apadrinhados
políticos dos deputados e senadores. Para o deputado, quem critica a emenda do
relator não conhece a realidade dos municípios.
“Primeiro, eu trato isso de frente. Com muita
transparência sempre defendi isso porque isso é muito mal empregado pela imprensa,
que tenta desvirtuar um trabalho muito importante”, disse reforçando que
jornalistas que irão a Alagoas vão poder ver, fotografar e filmar as
transformações que os recursos da Emenda do Relator fizeram nas vidas de
comunidades carentes que precisam do Estado para transformar suas vidas.
De acordo com Lira não é possível olhar para
um Orçamento de R$ 3 trilhões e ver só os R$ 16 bilhões da Emenda. “Estamos
falando de 0,03% do Orçamento total”, queixou-se o deputado.
“Se você for ver o que o Congresso faz nos
Estados Unidos e os demais Congressos fazem mundo afora, a nossa interferência
é mínima”, defendeu Lira. “Eu comecei aqui falando em desindexar e desvincular.
A gente não pode olhar para a ponta do rabo do cachorro e achar que ela está
balançando a orelha lá na frente”, disse o presidente da Câmara dos Deputados.
Segundo ele, o governo tem que ter a coragem de entrar nessa discussão para
sobrar para ele Orçamento já que a questão ai é orçamentária, uma vez que
recursos existem, para fazer os investimentos que o Brasil precisa.
Ainda de acordo com Lira, no modelo que tinha
antes o presidente eleito nomeava 20 ministros para gerir o Orçamento. “Se você
é um ministro da Saúde, por mais competente que você seja, não conhece e não
sabe das necessidades da população e o parlamentar tinha que passar cinco
horas, dez horas na sala de um ministro com um pires na mão e um ministro que
não fez concurso, não disputou votos é que decide para onde vai todos os
recursos do Brasil na sua área. Não é correto”, criticou. (JB)
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