A carta, que no lançamento já reunia
900 mil assinaturas, foi lida em um ato com a participação de juristas,
artistas, políticos e movimentos sociais. O manifesto organizado pela Fiesp, e
lançado no mesmo evento, contava com a adesão de mais de cem entidades.
“Não há a menor dúvida de que a solução para os problemas do País passa necessariamente pela presença do Estado de Direito, pelo respeito às instituições e o apoio irrestrito às manifestações pacíficas, à liberdade de expressão e ao processo eleitoral. Desenvolvimento, bem-estar e justiça só prosperam em ambiente de livre pensamento, base da verdadeira pátria livre e soberana”, disse, pelo Twitter, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Data histórica
A data de 11 de agosto é simbólica
por ter marcado, em diferentes anos, manifestações populares, inclusive pelo
fim da ditadura militar, em 1977. Também marca a data da criação dos cursos de
direito no Brasil, em 1827, e por isso ficou conhecida como Dia do Estudante.
“Neste Dia do Estudante, a sociedade
brasileira está, mais uma vez, unida nos atos em defesa da democracia. Eu estou
onde sempre estive: do lado do Estado Democrático de Direito”, escreveu o
senador José Serra (PSDB-SP). Para ele, a luta pela estabilidade é uma batalha
constante, prolongada e precisa ser travada a cada nova dificuldade. “É o que
estamos atravessando, mais uma vez, neste momento histórico, em que é preciso
se organizar para impedir retrocessos e assegurar direitos”.
A senadora Zenaide comemorou a união
da população pela causa da liberdade. “Que bonito ver a sociedade brasileira se
unindo hoje, Dia do Estudante, em apoio à democracia e contra o autoritarismo
que ameaça não reconhecer a vontade popular manifestada nas urnas eletrônicas.
Nossa Democracia foi conquistada com muita luta e não abriremos mão dela!”.
Já Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que o dia é de luta. “Grandes nomes da cultura brasileira fizeram a leitura da carta pela democracia. Hoje é dia de mobilização nacional! Vamos à luta em atos realizados em diversas cidades do Brasil. Em tempos de ameaça, seremos resistência!”, declarou em suas redes sociais.
Presidente
Alguns dos senadores se referiram
diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, em razão de manifestações
consideradas antidemocráticas da parte do chefe do governo, que tem questionado
a lisura do processo eleitoral. “Hoje é um dia de luta! Um dia de união em
defesa do Estado Democrático de Direito! É preciso dar um basta aos constantes
ataques à Constituição e às nossas instituições! Bolsonaro sai, democracia
fica!”, escreveu Rogério Carvalho (PT-SE).
Cid Gomes (PDT-CE) alertou para a
existência de golpistas “Hoje o Brasil fez um alerta em defesa da democracia.
Sempre há golpistas e quem queira o retorno a um período de trevas. Mas, nós,
brasileiros, resistimos e manteremos a confiança na livre determinação do povo.
Viva a democracia!”.
Paulo Rocha (PT-PA), se disse emocionado
com os eventos pró-democracia: “O Estado Democrático de Direito é inegociável.
Por urnas eletrônicas e um país livre de ditadores. Não é por uma ideologia, é
por uma Nação”, publicou o senador.
Em resposta à carta, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o presidente defende a democracia. “A democracia que nós defendemos é a prevista na Constituição Federal. Essa o Presidente Jair Bolsonaro segue à risca!”, disse o senador, que acusou opositores do governo de defender regimes não democráticos. Para ele, a “grande mídia” quer enganar a população.
Resposta da sociedade
Também com a frase contra o
presidente ao final da sua manifestação, o líder da minoria, senador Jean Paul
Prates (PT-RN) afirmou que a liberdade só pode existir à luz do sol e da
democracia e que "as trevas" nunca foram a vocação dos brasileiros.
“A carta é uma resposta da sociedade
civil aos arautos das trevas. A democracia brasileira foi uma árdua conquista
do nosso povo. Nossa democracia ainda é jovem, incompleta e imperfeita, mas foi
fruto de muita luta. Se ainda lutamos, diariamente, para assegurar direitos aos
excluídos, é porque queremos ir em frente. Não permitiremos retrocessos!”,
advertiu o senador.
Humberto Costa (PT-PE) disse acreditar que o Brasil vai dar um basta aos ataques à democracia e publicou um vídeo das manifestações desta quinta-feira. Ele também destacou a adesão de milhares de policiais e militares à carta da USP.
Assinaturas
Igualmente pelas redes sociais,
senadores declaram apoio ao manifesto emitido pela Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo e disseram ter assinado o documento. O senador
Eduardo Braga (MDB-AM) fez um vídeo do momento da assinatura e a senadora Nilda
Gondim (MDB-PB) disse que o movimento merece não só seu aplauso, mas sua luta.
Simone Tebet (MDB-MS) e Mara Gabrilli
(PSDB-SP) informaram ter assinado o manifesto. “Estado de Direito Sempre! No
dia do estudante, no histórico dia 11 de agosto, a sociedade levanta sua voz em
defesa da democracia. Assinei o manifesto. Tenham certeza do meu compromisso”,
afirmou Simone.
Omar Aziz (PSD-AM) se somou aos que
declararam ter assinado a carta.“ Hoje, o Brasil está unido na grande
mobilização pela defesa da democracia e respeito ao resultado das urnas.
Assinei a Carta aos Brasileiros e às Brasileiras, documento histórico, quase 50
anos depois do primeiro manifesto, ainda na ditadura e também no Dia do
Estudante”.
Paulo Paim (PT-RS) pediu que os
brasileiros se juntem em apoio à carta lançada nesta quinta. “A democracia é um
processo constante. Está no fortalecimento das instituições, na soberania do
voto, no avanço da participação popular e das diversidades políticas, culturais
e sociais, no respeito aos direitos humanos. Assine a carta pela democracia.”,
pediu o senador em suas redes.
Para Jaques Wagner (PT-BA), os atos
realizados vão marcar a história por unir entidades, juristas, artistas,
empresários e estudantes em torno de um mesmo objetivo: a defesa da democracia
e do processo eleitoral.
Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Angelo
Coronel (PSD-BA) falaram sobre a necessidade de evitar retrocessos: “Hoje foi
lida, no pátio da Faculdade de Direito da USP, a carta em defesa da democracia,
que recebeu mais de 900 mil assinaturas. Ato extremamente importante para
reforçar que o Brasil não suporta mais retrocessos. Seguimos na luta pela
democracia!”, publicou Alessandro. "Precisamos lutar, seja qual for a sua
bandeira ou ideologia, para garantir que a democracia se mantenha forte! Só com
respeito, diálogo e debate de ideias, sem agredir quem pensa diferente,
conseguiremos avançar, e não retroceder, para uma sociedade mais justa.
Democracia sempre!", escreveu Coronel. (JB/Ag. Senado)

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