O levantamento considera apenas os casamentos
civis registrados em cartório, e não as uniões estáveis.
Foram 11 mil registros de casamentos
homoafetivos em 2022, maior valor desde a resolução do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) que garantiu o direito à população
LGBTQIA+ ao casamento civil em 2013. Os casais entre mulheres representam 60% do total (veja mais no gráfico acima).
O número total de casamentos subiu 4% no
país, de 932.502 para 970.041. Mas, o valor ainda está abaixo da média
anual registrada antes da pandemia, que era de cerca de 1 milhão entre
os anos de 2015 e 2019. A média geral de casamentos vem caindo gradativamente
no país (veja gráfico abaixo).
Apesar de ainda corresponderem a apenas 1,1% do
total, o número de casamentos homoafetivos segue uma tendência inversa de alta.
O número passou de 9.202 em 2021 para 11.022 em
2022, o que representa aumento de 20%.
Em todas regiões do país, o número de
casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo registrado em 2022 foi superior ao
obtido no ano anterior, sendo as regiões Norte, Sudeste e Sul aquelas com
maiores aumentos (32,8%, 23,9% e 19,5%, respectivamente).
Segundo o IBGE, a taxa de nupcialidade
fornece uma dimensão do número de registros de casamentos em relação à
população de 16 anos ou mais (idade legal para casar). No Brasil, para cada mil
habitantes nessa faixa etária, 5,9 pessoas, em média, uniram-se por meio do
casamento civil em 2022.
As Regiões Nordeste e Sul registraram as
menores taxas (5,1 e 5,3 , respectivamente), enquanto as Regiões Sudeste e
Centro-Oeste, as maiores (6,5 e 6,7 casamentos por mil habitantes,
respectivamente).
Divórcios crescem
Já o número total de divórcios no país em
2022 — 420 mil — cresceu 8,6% em
relação ao total contabilizado em 2021 (387 mil).
Em média, os homens se divorciaram em idades
mais avançadas do que as mulheres. Em 2022, na data do divórcio, os homens
tinham em média, 44 anos, enquanto as mulheres, 41.
Os casamentos também estão menos longevos:
o tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio passou de cerca de
16 anos, em 2010, para 13,8 anos em 2022.
Nos casos de divórcios em que o casal tem
filhos menores de idade, há uma mudança gradativa em relação à divisão de
guarda.
Em 2014, em 85% dos divórcios, a guarda dos
filhos ficava com a mulher. Em 2022, este índice caiu para 50,3%. No mesmo
período, a guarda compartilhada passou de 7,5% para 37,8% dos casos.
Já os casos em que os homens ficam
responsáveis após o divórcio vem diminuindo. Em 2014, eram 5,5% dos casos, em
2014, 3,3%.
(g1)
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