Na lista dos que ainda têm cenário de crescimento estão Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe. Já o declínio ocorreu em Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Piauí, Amazonas, Acre e Roraima.
Os números da semana passada já indicavam que a pandemia poderia estar em reversão. Na ocasião, a doença estava em declínio em oito unidades federativas e sete estados apresentavam tendência de aumento.
Apesar da notícia positiva, a secretaria de Vigilância em
Saúde Ethel Maciel ressalta que as medidas de prevenção e as ações do poder
público ainda são
extremamente essenciais. Atualmente, 11 estados e 526 municípios estão com decretos
de situação de emergência em vigor.
"Eu sempre uso a metáfora da montanha. Nós
subimos a montanha, chegamos ao pico desta montanha e estamos descendo. Mas
ainda temos um caminho que precisa ser percorrido com muita atenção. Porque
teremos pessoas que vão adoecer, desenvolver casos graves, teremos pessoas que
podem vir a óbitos e vidas que podemos salvar."
Ainda de acordo com os dados apresentados pelo
Ministério da Saúde, o país tem 2,9 milhões de casos de dengue confirmados. A
doença já causou mais de 1,1 mil mortes. Os dois resultados representam recorde
histórico.
Sobre a doença
A dengue é causada por um vírus, transmitido pela
picada do mosquito Aedes aegypti. Entre os sintomas mais
recorrentes estão febre alta, dores musculares e nas articulações e erupções na
pele. A doença pode causar hemorragia interna em órgãos e tecidos e levar à
morte.
Existem quatro tipos de vírus da dengue circulando
no planeta. Pessoas infectadas com um deles não ficam imunes aos outros. Essa
dinâmica favorece a ocorrência de epidemias mais graves de tempos em
tempos. No Brasil, esses períodos ocorrem em média a cada três
anos.
No entanto, o desmonte de políticas públicas
observado no país nos últimos anos levou a números consideráveis
sucessivamente. Em 2022 e 2023 também houve registro sem precedentes de casos e
óbitos.
Outros fatores também exercem influência no aumento
da infecções, entre eles, as mudanças climáticas. Como o mosquito se prolifera
em água parada, as chuvas intensas impulsionam a presença do vetor. Além disso,
o Aedes aegipty se reproduz mais rapidamente no calor, portanto, se beneficia
das temperaturas extremas registradas recentemente no Brasil.
A população pode ajudar a combater a doença eliminando
locais com água parada, que se transformam em criadouros para o mosquito. Na
lista estão pneus, caixas d'água, vasos de plantas e lixo acumulado, por
exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário