Em greve X De greve
“Em
greve” é a única expressão que existe. Muitos, todavia, usam “de greve”, que
não existe; Ex.: Todos estamos em greve: Estamos em greve; Ficamos em greve; Permanecemos
em greve, etc.
Muitos
dizem: “Estamos em processo de greve”. Frase perfeita! Mas só é aceita quando o
movimento ainda não foi deflagrado ou quando ainda está na iminência de
acontecer. Foi justamente dessa frase que surgiu a impugnada locução “de
greve”.
Em
hipótese nenhuma
“Em
hipótese nenhuma” é a única expressão que existe. Exs.: Não vou pedir perdão a
ela em hipótese nenhuma; Não vou mais lá em hipótese nenhuma; No Nordeste e em
boa parte das outras regiões do Brasil usa-se muito “de hipótese nenhuma”: Não
concordo com isso por hipótese nenhuma. Como já disse, a expressão que existe é
“em hipótese nenhuma”.
“Paulo
está bêbado” ou “Paulo está bêbedo”?
As duas formas existem. Bêbado e bêbedo estão corretas; São apenas formas variantes. É preciso dizer que a forma bêbado é a mais usada. Porém, a outra (bêbedo) é correta;
“Em demasiado” (Expressão incorreta)
Não
existe a locução “em demasiado” em nossa Língua. O que temos é demasiado ou em demasia.
Exs.: Você acha que os deputados ganham demasiado? Você se preocupa em demasia
com o salário dos outros.
Elegantérrimo
Evite
usar esta extravagância, que é própria de pessoas pedantes ou não completamente
escolarizadas. Use o termo correto: elegantíssimo, que é o superlativo absoluto
sintético de elegante.
Eletrodo (ô) ou elétrodo?
Ambos
as prosódias são boas; A primeira é popular; a segunda é a grafia e pronúncia
gramatical; No padrão culto da Língua devemos usar elétrodo. Em todos em textos
formais, em concurso ou provas é a forma que devemos usar.
Elo de ligação
Embora
seja a expressão que a imprensa gosta de usar é bom evitá-la, pois é pleonasmo
vicioso igual a: comer com a boca; subir para cima; hepatite do fígado, descer
para baixo; repetir de novo, etc.
Eleiçoeiro X Eleitoreiro
Ambas
as formas existem e estão corretas. Exs.: promessas eleiçoeiras; dívidas
eleitoreiras. Apesar de existirem duas formas corretas, há os que encontram uma
terceira, mas inexistente: eleiçoreira.
O
assunto me enseja uma sugestão: os candidatos que fizessem, nas campanhas,
promessas e depois as esquecessem, deveriam sofrer processo de impeachment
(impitima, em Português).
Assim,
evitar-se-ia que candidatos inescrupulosos alcançassem cargos públicos mediante
estelionato eleitoral. Está claro que se qualquer beócio prometer uma barra de
ouro para cada eleitor será eleito. Até quando aturaremos estelionatos
eleitorais?
E
não esqueçam: os termos corretos são: eleiçoeiro e eleitoreiro. Eleiçoreiro não
existe.
Félix (Pronúncia)
A
pronúncia popular é “Félikx”, mas a
rigorosamente correta é “Félis”. A palavra Félix deriva do Latim “felice” (sem
acento), cujo significado é feliz.
Malvadez X Malvadeza
Ambas
as formas existem e estão corretas. O plural da primeira (malvadez) é
malvadezes.
Mandado X Mandato
Mandado
é ordem escrita que parte de autoridade judicial. Daí porque existe o mandado
judicial, o mandado de segurança. Já mandato é o poder público outorgado pelo
povo para que se governe ou legisle: o mandato dos deputados, o mandato dos
senadores, dos prefeitos, dos vereadores.
(*) Professor Antônio da Costa é graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Contatos: (088) 99373-7724.
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