Os
resultados, lançados nesta segunda-feira (2) pelo CGI, estão na 2ª edição
da pesquisa Privacidade e Proteção de Dados Pessoais,
produzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade
da Informação (Cetic.br), que entrevistou, em 2023, indivíduos, empresas e
organizações públicas.
O
levantamento identificou também o avanço na proporção de organizações que
realizaram alterações em contratos vigentes para adequação à Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais (LGPD): entre 2021 e 2023, houve crescimento de 24%
para 31%, nas pequenas empresas, e de 61% para 67%, nas de grande porte.
Os
setores econômicos que, no mesmo período, mais implementaram mudanças nos
contratos em função da LGPD foram os de construção (22% para 35%), transportes
(38% para 42%), alojamento e alimentação (23% para 31%), informação e
comunicação (57% para 66%), atividades profissionais (38% para 59%) e serviços
(26% para 46%).
"A
pesquisa mostra que houve avanços na conformidade com a LGPD entre as médias e
grandes empresas, inclusive em diferentes setores econômicos, mas há espaço
para uma maior presença de boas práticas de proteção de dados pessoais,
principalmente entre os negócios de menor porte", destacou o gerente do
Cetic.br, Alexandre Barbosa.
Preocupação
Segundo
o levantamento, o fornecimento de dados biométricos é a maior preocupação dos
usuários de internet brasileiros. De acordo com a pesquisa, 32% dos usuários
com 16 anos ou mais relataram ficar "muito preocupados" e outros 28%
"preocupados" diante da necessidade de fornecer esse tipo de dado –
juntas, as proporções alcançam 60%.
O
estudo mostra que os usuários ficam mais apreensivos em fornecer dados
biométricos para instituições financeiras (37% "muito preocupados" e
36% "preocupados"), órgãos de governo (35% e 38%) e transporte
público (34% e 37%).
"Com
a ampliação do uso de sistemas baseados em reconhecimento facial e impressão
digital, é compreensível que as pessoas estejam mais preocupadas em fornecer
seus dados biométricos. Nesse contexto, é fundamental que empresas e o governo
busquem aprimorar suas estratégias de proteção de dados pessoais e segurança da
informação ao adotar este tipo de tecnologia", ressaltou Barbosa.
O
estudo utilizou indicadores inéditos extraídos de pesquisas realizadas pelo
Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação,
que entrevistou, em dezembro de 2023, 2.618 pessoas de 16 anos ou mais; 2.075
empresas com dez pessoas ocupadas ou mais, entre março e dezembro de
2023; 677 órgãos federais e estaduais e 4.265 prefeituras, entre julho de
2023 e fevereiro de 2024; 4.117 gestores de estabelecimentos de saúde
brasileiros entre fevereiro e julho de 2023; 3.004 gestores escolares de agosto
de 2023 e abril de 2024.
(JB/Ag.
Brasil - Bruno Bocchini)
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