Pochmann
foi um dos participantes do "Fórum Brasil-China: Marcos para uma nova fase
de cooperação para o desenvolvimento compartilhado", organizado pela
Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Taihe da China. O fórum também irá
inaugurar um laboratório digital e receberá oficialmente as 70 máquinas e equipamentos chineses para a
agricultura familiar que serão testados na universidade e em assentamentos do
MST do DF.
O
presidente do IBGE disse ainda que a relação entre Brasil e China tem sido, até
agora, "muito comercial e ancorada na agricultura dos grandes
empreendimentos", e que a cooperação na mecanização para o campo em
pequena escala se tornou um elemento da agenda pública do governo
brasileiro.
A
melhora da produção em pequena escala e de ganho de produtividade para o
campesinato do país é uma necessidade para evitar que o êxodo rural continue se
aprofundando, disse o economista.
"Manter
a população no campo mas mantê-la conectada com uma produção com as
características que se faz no Brasil me parece extremamente positivo para os
próximos anos, sustentando uma relação com a China ainda muito mais forte e
muito mais consistente".
Centro
Brasil-China da Agricultura Familiar irá inaugurar Laboratório Digital
O
fórum é uma das atividades do Centro Brasil-China de Pesquisa, Desenvolvimento
e Promoção de Tecnologia em Mecanização para Agricultura Familiar, fundado em
2023 entre a Universidade de Agricultura da China, a UnB, e Associação
Internacional para a Cooperação Popular.
O
centro prevê a cooperação em três áreas: maquinário agrícola e novas energias;
bioinsumos e agroecologia; e residência científica e tecnológica.
Nesta quarta-feira (27), no segundo dia do Fórum, o centro vai inaugurar uma
cooperação na área de big data. A estatal chinesa Sinomac Tech concedeu
uma plataforma digital para a UnB, com a qual a entidade criou um laboratório
digital.
"Essa
plataforma é um sistema big data tem várias funções, mas num primeiro momento
vamos utilizá-lo para o monitoramento das máquinas que terão chips",
explica Sérgio Sauer, coordenador do centro.
"Vamos
conseguir coletar informações de eficiência energética, tempo de uso. Será um
insumo fundamental para a pesquisa e inovação".
Outra
função será a de monitorar os dados climáticos como umidade do solo e índices
pluviométricos, informações que ajudam no planejamento da produção.
O
centro será inaugurado pelo vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin e o
ministro da Educação da China, Huai Jinpeng.
(Brasil
de Fato)
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