De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ideia é coordenar o planejamento e a reposta por meio do diálogo constante com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas, além de outras pastas.
Dentre as ações previstas estão se antecipar ao período sazonal da dengue para adequar as redes de saúde; mitigar riscos para evitar casos e óbitos; ampliar medidas preventivas para melhor preparar estados e municípios; e uma articulação nacional para resposta a eventuais situações classificadas como críticas.
Nísia
anunciou ainda o lançamento de um novo Plano de Contingência Nacional para
Dengue, Chikungunya e Zika, composto por seis eixos, no intuito de ampliar
medidas preventivas, preparar a rede assistencial e conter o avanço de casos de
dessas doenças no país.
A
versão anterior do plano havia sido lançada em 2022 e, portanto, antes da maior epidemia de dengue já registrada no
Brasil, em 2024.
Dentre
as ações destacadas pela pasta estão:
- expansão
do método Wolbachia de três para 40 cidades
ainda em 2025;
- implantação
de insetos estéreis em aldeias indígenas;
- borrifação
residual intradomiciliar em áreas de grande circulação de pessoas, como
creches, escolas e asilos;
- estações
disseminadoras de larvicidas, com previsão de implantação de 150 mil
unidades na primeira fase no projeto;
- uso de Bacillus
Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitorar e controlar a
disseminação do mosquito;
- instalação de cerca de 3 mil estações disseminadoras de larvicida no Distrito Federal, na região do Sol Nascente, com expansão prevista para outras áreas periféricas do país.
Vacina
De
acordo com a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, a pasta já
adquiriu todo o estoque de vacinas contra a dengue disponibilizado pelo
fabricante para 2025: 9,5 milhões de doses.
A
estratégia do governo federal, segundo Ethel, é intensificar a imunização
contra a dengue entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos neste ano,
sobretudo diante de um estoque de cerca de 3 milhões de doses distribuídas aos
estados e municípios em 2024 e que ainda não foram aplicadas.
Cenário
epidemiológico
Em
2024, o Brasil registrou 6,4 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil
óbitos, de acordo com o painel de atualização de casos de arboviroses do
ministério.
Já
em 2025, até esta quarta-feira (8), foram notificados 10,1 mil casos prováveis
e 10 mortes em investigação por dengue.
(Ag,
Brasil)
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