"O papa Francisco permanecerá na Policlínica Agostino Gemelli para a realização de exames diagnósticos necessários e a continuidade do tratamento hospitalar para a bronquite."
Não há previsão de alta até o momento.
Aos
88 anos, o líder da Igreja Católica foi
diagnosticado com bronquite na última quinta-feira, mas desde então seguiu
cumprindo sua agenda de compromissos.
Nas
últimas duas audiências gerais de quarta-feira no Vaticano, o pontífice pediu a
um assessor que lesse seus discursos preparados.
"Com
essa bronquite, ainda não consigo ler. Espero que na próxima vez eu já
possa."
Francisco
teve parte de um pulmão removido
na juventude e, desde então, lida com diversos problemas de saúde, incluindo
crises prolongadas de bronquite no inverno.
O
papa sofre com dores no joelho que dificultam sua mobilidade. Atualmente, ele
se locomove com cadeira de rodas, andador ou bengala. Ele também tem problemas
abdominais causados por uma diverticulite.
O
que é a bronquite e como se manifesta
A
bronquite é uma inflamação dos brônquios pulmonares que pode ter origem viral
ou bacteriana. A condição se manifesta com tosse intensa, acúmulo de muco,
sensação de peito cheio e, em sua fase aguda, pode vir acompanhada de febre e
dificuldade para respirar.
Crianças
são frequentemente as mais afetadas, mas idosos também
estão entre os grupos de risco, especialmente aqueles com doenças crônicas ou
sistema imunológico enfraquecido.
A
doença é mais comum durante quedas bruscas de temperatura, pois o frio pode
comprometer as defesas naturais do sistema respiratório, facilitando infecções.
Em
idosos, a bronquite pode evoluir de forma mais severa, aumentando o risco de
complicações, como pneumonia e insuficiência respiratória. Além disso, o
processo inflamatório pode durar mais tempo devido à menor capacidade do
organismo de combater infecções.
O
tratamento depende da causa da bronquite. Se for viral, recomenda-se o uso de
medicamentos para febre, nebulizações, fisioterapia respiratória e ingestão
abundante de líquidos para ajudar na eliminação do muco.
Já
nos casos de origem bacteriana, é necessário o uso de antibióticos prescritos
por um médico. Em idosos, a hidratação e
o acompanhamento médico são essenciais para evitar agravamentos do quadro.
Quando
a bronquite requer internação hospitalar
A
bronquite geralmente pode ser tratada em casa, mas em alguns casos a internação
hospitalar se torna necessária, especialmente quando há complicações que
comprometem a respiração ou aumentam o risco de agravamento, como ocorre em
idosos e pessoas com doenças crônicas.
Quando
a falta de ar se torna intensa a ponto de exigir oxigênio suplementar ou
suporte ventilatório, a hospitalização é recomendada. Da mesma forma, uma queda
nos níveis de oxigênio no sangue indica que a inflamação está
prejudicando a troca gasosa nos pulmões, tornando essencial o monitoramento
médico.
Outra
situação que pode levar à internação é a evolução do quadro para uma pneumonia,
que exige antibióticos intravenosos e acompanhamento hospitalar para evitar
complicações.
Pacientes
com doenças respiratórias preexistentes, como doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou insuficiência cardíaca, correm
maior risco de descompensação e, por isso, podem precisar de cuidados
hospitalares. No caso do papa Francisco, a falta de parte do pulmão e sua idade
avançada pode aumentar a necessidade de acompanhamento médico.
Febre
alta persistente, que não cede com o tratamento adequado, também pode ser um
indicativo de infecção bacteriana severa, exigindo internação.
Além
disso, em casos de desidratação severa, quando o paciente tem dificuldade para
ingerir líquidos devido ao mal-estar ou fraqueza extrema,
a hospitalização é necessária para a reposição adequada de fluidos.
Em
idosos, mesmo sintomas moderados podem justificar a internação, já que a
recuperação tende a ser mais lenta e o risco de complicações é maior. Nessas
situações, o acompanhamento médico é essencial para definir a melhor abordagem
de tratamento.
(Fonte: BBC)
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